:: ‘Destaque3’
Senador diz que recebeu proposta golpista de Daniel Silveira, ao lado de Bolsonaro
Por g1 e GloboNews
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou em uma rede social, nesta quinta-feira (2), que pedirá afastamento do mandato. Ele foi eleito em 2018 e, com isso, tem mandato vigente até 2026.
Em conversa com a GloboNews, Marcos do Val afirmou que um dos fatores que levaram à decisão foi um diálogo presenciado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), logo após as eleições de outubro, em que o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) teria proposto uma ação golpista ao parlamentar.
Do Val afirma que a proposta envolvia não desmobilizar os acampamentos golpistas e, enquanto isso, gravar sem autorização alguma conversa que comprometesse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
“Eles me disseram: ‘Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte, E você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso'”, relatou Do Val ao g1.
O senador diz que a proposta foi verbalizada pelo então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) – Bolsonaro estava na mesma reunião e indicou concordar com a ideia.
Marcos do Val diz que pediu para analisar a proposta e responder em um segundo momento.
E que, em seguida, relatou o caso ao próprio ministro Alexandre de Moraes. Ainda de acordo com o senador, Moraes ficou surpreso e considerou a proposta “um absurdo”.
O post em rede social
Na publicação, feita ainda na madrugada, Do Val cita problemas recentes de saúde e diz que vem sendo alvo de ofensas – o que tem sido “muito pesado para a minha família”, diz o parlamentar.
“Após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto, venho através desta, comunicar a todos os capixabas a minha saída definitivamente da política”, afirma o post.
“Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do senado e voltarei para a minha carreira nos EUA. Nada existe de grandioso sem paixão. Essa paixão não estou tendo mais em mim”, afirma em outro trecho.
A suplente de Marcos do Val no Senado é Rosana Foerst. Até 2021, o nome de Rosana constava como gerente de Benefícios e Transferência de Renda da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo.
Discussão com MBL
Na quarta, após a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar o Senado pelos próximos dois anos, Marcos do Val discutiu em uma live com representantes do Movimento Brasil Livre.
O MBL, grupo político de direita, “acusava” Do Val de ter votado em Pacheco na disputa contra o senador Rogério Marinho (PL-RN) – ex-ministro de Jair Bolsonaro e considerado o “candidato do bolsonarismo” ao comando do Senado.
Marcos do Val abriu uma live no Instagram para refutar essas falas e incluiu, na transmissão, dois membros do MBL. Como resultado, o senador e os ativistas protagonizaram um bate-boca.
Bolsonaro promoveu ‘desmanche’ no combate à corrupção, diz organização internacional
Por TV Globo e g1
A Transparência Internacional afirma, em relatório divulgado nesta terça-feira (31), que ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro (PL) promoveram um “desmanche acelerado” e um retrocesso no combate à corrupção no Brasil.
A avaliação faz parte do relatório global que mede a percepção sobre a corrupção em 180 países. O Brasil ficou em 94ª lugar no ranking mundial, considerado um desempenho ruim pela organização.
Para a entidade, um dos fatores foi Bolsonaro ter utilizado o mandato, desde o primeiro dia de governo, para se blindar e blindar a família de investigações sobre denúncias de corrupção “fartamente comprovadas”.
O ex-presidente também garantiu proteção, avalia o relatório, ao usar o chamado “orçamento secreto” — emendas parlamentares cuja distribuição de recursos é definida pelo relator do Orçamento e não têm critérios claros ou transparência — para esvaziar o apoio à tramitação de processos de impeachment no Congresso Nacional.
A consequência, afirma a entidade, foi a “destruição” de mecanismos, aparatos e credibilidade de instituições de controle e fiscalização do país.
No ambiente de retrocesso no combate à corrupção, os anos Bolsonaro avançaram, segundo avaliação da entidade, para uma “degeneração sem precedentes” do regime democrático brasileiro, o que levou o país aos ataques golpistas nas sedes dos Poderes em Brasília, no início de janeiro.
“Os dois processos, de desmonte do arcabouço anticorrupção e da degradação da governança democrática, estão estreitamente relacionados”, indica o relatório Retrospectiva Brasil 2022.
Para a instituição, o retrocesso dos últimos quatro anos só foi possível graças a interferências do então presidente em instituições independentes e à omissão de agentes públicos nomeados por Bolsonaro.
A “peça central”, de acordo com a Transparência, foi a indicação de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República, que “não apenas desarticulou o enfrentamento à macrocorrupção, mas foi também responsável por uma retração histórica nas funções de controle constitucional dos atos do governo”.
“Muito mais do que frear processos específicos, ele [Bolsonaro] neutralizou o sistema de freios e contrapesos da democracia brasileira, desmontando os três pilares que o sustentam: jurídico, político e social. Com isto, sua blindagem foi muito além da delinquência passada. Ele garantiu impunidade para cometer novos e muito mais graves crimes”, diz o documento.
O relatório aponta como fatores para o “desmonte do arcabouço anticorrupção”: fragilização das instituições; ameaças ao sistema eleitoral; esquemas de corrupção revelados; ataques ao Supremo Tribunal Federal; desmonte das políticas de proteção ambiental.
Por g1 Rio
Reycharleson Nicolau foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense por ser suspeito de atirar e matar Yasmin Sousa da Silva, de 21 anos. A prisão aconteceu no sábado (28) em Duque de Caxias.
O homem tentou mentir para a polícia dizendo que, na sexta (27), eles tinham sido vítimas de um assalto e que os bandidos não teriam conseguido levar o carro e, por isso, teriam atirado. No então, segundo a polícia, a perícia revelou que ele tinha atirado na própria perna depois de atirar na cabeça de Yasmin.
O suspeito chegou a levar a jovem para uma unidade de saúde em Duque de Caxias, mas ela não resistiu aos ferimentos. O corpo de Yasmin foi sepultado no domingo (29) no Cemitério de Belford Roxo, município onde morava.
A polícia apreendeu munições e a arma que foi usada no crime. Testemunhas também foram ouvidas e afirmam que ele havia ido armado na casa da jovem no dia anterior ao crime.
Reycharleson também tem antecedentes por violência doméstica. A Justiça do RJ vai decidir se ele irá para o sistema prisional.
Ex-funcionário do Instituto Lula citado na Lava Jato vira diretor do Planalto
O Palácio do Planalto nomeou um antigo funcionário do Instituto Lula citado na Operação Lava Jato como diretor de Gestão Interna do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Paulo Cangussu André foi nomeado para o cargo na última terça-feira (24), em portaria assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. No posto, o servidor receberá salário bruto de R$ 13,6 mil por mês. As informações são do Metrópoles.
Paulo André foi alvo de busca e apreensão durante a 24ª fase da Lava Jato, em 2016. A busca e apreensão foi realizada pela Polícia Federal nos endereços em que Paulo André trabalhava para o Instituto Lula. Ele era investigado por ter trocado e-mails com Dante Fernandes, um diretor da OAS, em janeiro de 2014.
No e-mail, o funcionário tratava do pagamento de uma palestra de Lula antes mesmo da formalização do contrato da empreiteira com a empresa responsável por gerir os eventos do petista.
A suspeita da Lava Jato era de que as palestras pagas ao então ex-presidente a partir de 2011 via essa empresa e os valores doados ao Instituto Lula pudessem ter ocultado propina desviada da Petrobras.
Embora tenha sido citado e alvo de busca e apreensão pela Lava Jato, Paulo André não chegou a ser condenado pela Justiça no âmbito da operação.
Menina de 10 anos cai de terceiro andar de prédio na Bahia
Por g1 BA e TV Bahia
Uma menina de 10 anos caiu do terceiro andar do prédio onde mora com a família, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
O caso ocorreu na noite de sexta-feira (27) e, segundo testemunhas, um varal de roupas teria amortecido a queda criança. De acordo com a Polícia Militar, a menina não sofreu fraturas expostas e estava consciente.
Ela recebeu os primeiros socorros por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhada para o Hospital Municipal de Simões Filho, onde irá passar por exames.
Ainda conforme a PM, a menina contou, na presença dos pais, que teria perdido o equilíbrio e caído do prédio.
Mulher morre em apartamento e corpo é achado só 3 anos depois
Por BBC
O cadáver de uma mulher britânica que sofria de doença mental foi encontrado em seu apartamento após ela passar três anos e meio morta no local.
A família de Laura Winham, de 38 anos, afirmou que ela foi “abandonada e deixada para morrer” pelo NHS, a rede de saúde pública do Reino Unido, e pelos serviços de assistência social.
Seus familiares disseram que estes profissionais perderam diversas chances de salvá-la ao negligenciar seu bem-estar antes de sua morte e ao não realizar visitas de rotina que poderiam ter levado à descoberta de seu corpo.
A família disse que não pôde ter nenhum contato com Laura por causa das leis de privacidade britânicas depois de a mulher, que sofria de esquizofrenia, se recusar a manter contato com seus parentes por acreditar que eles estavam tentando prejudicá-la.
Um de seus irmãos, Roy, afirmou que os familiares de Laura não conseguiram obter informações sobre ela nem tiveram sucesso nas repetidas tentativas de contatá-la e que encontraram seu corpo após olhar pela fresta de entrega de correspondências da porta de seu apartamento em Woking, no nordeste da Inglaterra.
O corpo de Laura foi descoberto em maio de 2021, mas acredita-se que ela tenha morrido em novembro de 2017. O caso está sendo investigado pela Justiça britânica.
Sem contato
Seus irmãos disseram que Laura cresceu em uma família amorosa e frequentou a escola e a universidade, mas desenvolveu problemas de saúde mental e não voltou para casa depois que foi internada pela primeira vez.
A família decidiu limitar o contato, porque isso a colocava sob “enorme estresse”, mas acreditava que ela estaria sob os cuidados profissionais. No entanto, eles não conseguiram nenhuma informação a respeito dela por causa das leis de privacidade.
“Ela proibiu o contato entre a equipe de saúde mental e sua família, e isso impediu os médicos de falar conosco”, disse sua irmã Nicky.
A família de Laura continuou a enviar cartas, mensagens de texto e cartões. Quando seu pai adoeceu, seus parentes intensificaram as tentativas de contato. Depois que ele morreu, continuaram a ligar para o apartamento dela.
Em sua última visita, eles estavam saindo quando Roy decidiu dar uma nova olhada. “Quando olhei pela caixa de correio, parecia que havia cobertores, mas, quando olhei para baixo, pensei ter visto um pé”, disse ele.
“Havia um moletom que ela usava, que eu pensei que estava junto com cobertores e outras coisas. Foi aí que eu consegui olhar por outro ângulo, e deu para ver o rosto, o corpo.”
Ele disse: “Algo me fez voltar a subir as escadas naquele dia, mas infelizmente o que vi me perseguiu por muito tempo.”
“Ser homossexual não é crime”, diz papa Francisco
Por Associated Press
O Papa Francisco criticou as leis que criminalizam a homossexualidade como “injustas”, dizendo que Deus ama todos os seus filhos assim como eles são e pediu aos bispos católicos que apoiam as leis contrárias a isso que recebam pessoas LGBTQ na igreja.
“Ser homossexual não é crime”, disse Francis durante uma entrevista nesta terça-feira (24) à Associated Press.
Francisco reconheceu que os bispos católicos em algumas partes do mundo apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQ, e ele mesmo se referiu à questão em termos de “pecado”. Mas ele atribuiu tais atitudes a origens culturais e disse que os bispos em particular precisam passar por um processo de mudança para reconhecer a dignidade de todos.
“Estes bispos têm que ter um processo de conversão”, disse, acrescentando que devem aplicar “ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós”.
Cerca de 67 países ou jurisdições em todo o mundo criminalizam a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo, 11 dos quais podem ou impõem a pena de morte, de acordo com o The Human Dignity Trust, que trabalha para acabar com essas leis. Especialistas dizem que mesmo onde as leis não são aplicadas, elas contribuem para o assédio, estigmatização e violência contra pessoas LGBTQ.
Nos EUA, mais de uma dúzia de estados ainda têm leis anti-sodomia nos livros, apesar de uma decisão da Suprema Corte de 2003 declarando-as inconstitucionais. Os defensores dos direitos dos homossexuais dizem que as leis antiquadas são usadas para assediar os homossexuais e apontam para a nova legislação, como a lei “Não diga gay” na Flórida, que proíbe a instrução sobre orientação sexual e identidade de gênero do jardim de infância até a terceira série, como evidência de esforços contínuos para marginalizar as pessoas LGBTQ.
As Nações Unidas pediram repetidamente o fim das leis que criminalizam a homossexualidade, dizendo que elas violam os direitos à privacidade e à liberdade de discriminação e são uma violação das obrigações dos países sob o direito internacional de proteger os direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual. ou identidade de gênero.
Declarando tais leis “injustas”, Francisco disse que a Igreja Católica pode e deve trabalhar para acabar com elas. “Deve fazer isso. Deve fazer isso ”, disse ele.
Francisco citou o Catecismo da Igreja Católica ao dizer que os gays devem ser bem-vindos e respeitados, e não devem ser marginalizados ou discriminados.
“Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse Francisco, falando à AP no hotel do Vaticano onde mora.
Essas leis são comuns na África e no Oriente Médio e datam da época colonial britânica ou são inspiradas na lei islâmica. Alguns bispos católicos os apoiaram fortemente como consistentes com o ensinamento do Vaticano que considera a atividade homossexual “intrinsecamente desordenada”, enquanto outros pediram que fossem anulados como uma violação da dignidade humana básica.
Em 2019, esperava-se que Francisco fizesse uma declaração se opondo à criminalização da homossexualidade durante uma reunião com grupos de direitos humanos que realizaram pesquisas sobre os efeitos de tais leis e das chamadas “terapias de conversão”.
Na terça-feira, Francisco disse que precisava haver uma distinção entre crime e pecado em relação à homossexualidade.
“Ser homossexual não é crime”, disse ele. “Não é crime. Sim, mas é pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime.”
“Também é pecado faltar à caridade uns com os outros”, acrescentou.
O ensinamento católico sustenta que, embora os gays devam ser tratados com respeito, os atos homossexuais são “intrinsecamente desordenados”. Francisco não mudou esse ensinamento, mas fez do alcance da comunidade LGBTQ uma marca registrada de seu papado.
Começando com sua famosa declaração de 2013, “Quem sou eu para julgar?” quando foi questionado sobre um padre supostamente gay, Francisco passou a ministrar repetidamente e publicamente à comunidade gay e trans. Como arcebispo de Buenos Aires, ele favoreceu a concessão de proteção legal a casais do mesmo sexo como alternativa ao endosso ao casamento gay, que a doutrina católica proíbe.
Apesar de tal alcance, Francisco foi criticado pela comunidade católica LGBTQ por um decreto de 2021 do escritório de doutrina do Vaticano de que a Igreja não pode abençoar uniões do mesmo sexo “porque Deus não pode abençoar o pecado”.
Dentista é indiciado por exercício ilegal da medicina e lesão corporal após paciente perder parte do nariz depois de cirurgia estética
Por g1 Goiás
O dentista Igor Leonardo Soares Nascimento foi indiciado pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina e por lesão corporal após uma paciente denunciar que perdeu parte do nariz depois de fazer um procedimento estético com ele em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. A cirurgia conhecida como alectomia, usada para afinar o nariz, não pode ser feita por dentistas. A vítima precisou fazer diversas cirurgias para reconstrução e ficou com cicatrizes.
O indiciamento aconteceu na sexta-feira (20). O dentista Igor Leonardo disse que o problema não foi decorrente da cirurgia, e sim uma síndrome desenvolvida após uso de medicamentos, o que causou a necrose. Ele afirmou ainda que deu todo atendimento à paciente (leia nota na íntegra no fim da matéria).
A esteticista Elielma Carvalho Braga fez o procedimento em junho de 2020, após ver anúncios do dentista na internet falando que fazia a alectomia. Inicialmente, ela acreditou que o procedimento tinha dado certo. Porém, nos dias seguintes, ela começou a sentir fortes dores e alterações no rosto.
“Meu rosto começou a queimar. No outro dia ficou cheio de bolha, como se fosse queimadura”, contou.
Em julho de 2022, Elielma decidiu denunciar o caso publicamente. Ela teve uma necrose no lado direito do nariz. Após perder parte da pele, precisou fazer mais de dez cirurgias e ficou com cicatrizes, abalando sua autoestima.
“Eu tenho vergonha, porque a gente faz uma coisa para melhorar um pouco e a pessoa faz isso. Ele destruiu minha autoestima. Eu choro, não é fácil o que eu vivo hoje”, disse ao g1 na época.
O Conselho Regional de Odontologia disse que não pode fornecer informações sobre os processos envolvendo dentistas. O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina por e-mail às 6h45, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.
Investigação
A Polícia Civil disse que o inquérito contou com documentos dos conselhos, tanto regionais quanto federais, de Odontologia e Medicina, além de exames das lesões da vítima. A investigação apontou que o dentista, mesmo não tendo a formação necessária, fez a cirurgia e causou uma lesão corporal gravíssima na paciente.
Além disso, por fazer um procedimento cirúrgico exclusivo para médicos, foi indiciado por exercício ilegal da profissão.
Por fim, a polícia disse que o dentista fazia os procedimentos de maneira habitual e que, em 2021, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra ele pelo mesmo crime.
Alectomia
A alectomia é feita para reduzir as asas nasais. A técnica é, teoricamente, simples: com uma anestesia local, o profissional corta um pedaço dessas estruturas que circundam as narinas e fecha com pontos.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) disse na época da denúncia que o procedimento é um ato médico e, portanto, “deve ser realizado apenas por médicos”. A entidade disse que o combate ao exercício ilegal da medicina tem sido feito com rigor.
O Conselho Regional de Odontologia informou, também em 2022, que “os cirurgiões-dentistas têm autorização para a realização de procedimentos estético-faciais, desde que não sejam cirúrgicos puramente estéticos” e que a alectomia nunca esteve entre os procedimentos listados como permitidos para cirurgiões-dentistas.
Já uma resolução de agosto de 2020 proibiu expressamente a realização de alectomia por dentistas.
Nota do dentista Igor Leonardo
“Sou cirurgião dentista há 19 anos. Especialista em implantes dentários, ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares, estética bucal, e harmonização facial avançada.
O problema do caso da Elielma foi uma reação que aconteceu após o procedimento que se chama Síndrome de Nicolau, que é um raro agravamento de vasos sanguíneos após o uso de medicamentos injetáveis. Algo muito raro de acontecer e foi devido ao preenchimento realizado no nariz dela e não pela cirurgia como estão falando.
O fato dela ter demorado muito a buscar minha ajuda após o procedimento agravou muito a situação. Quando ela voltou até mim, que foi 3 dias depois, já estava ruim a situação. E, infelizmente, fiquei de mãos atadas e por isso ela sofreu sequelas tão graves.
Sobre a indenização, o que a Justiça determinar eu o farei. Me sensibilizei muitíssimo com o caso da Elielma e jamais desejei algo de ruim, sempre fiz e farei o melhor pelos meus pacientes.
Não foi a cirurgia que gerou o problema da paciente Elielma.
A Síndrome de Nicolau, também conhecida como Embolia Cutis Medicamentosa e Dermatite Livedóide, é uma rara complicação caracterizada por necrose tecidual que ocorre após a injeção de medicamentos que foi o caso dela.
Inclusive a referida paciente teve meu total suporte e apoio nos tratamentos que realizou após este episódio. Me sensibilizei bastante com o problema dela.
Custeei os medicamentos e tratamentos posteriores com outros colegas. Nunca a deixei desamparada em termos financeiros e acompanhei de perto seu tratamento posterior ao ocorrido.
Infelizmente nós profissionais da área estamos sujeitos a intercorrências que não são da nossa vontade.
Sigo à disposição dela sempre que for preciso. E qualquer que seja a decisão judicial eu mesmo farei o possível para colaborar com ela”.
‘Lula não vai perdoar golpistas’, diz ministro da Defesa após troca no comando do Exército
Por GloboNews
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (23) que o processo de investigação no Exército sobre militares que participaram de atos golpistas do último dia 8 continua – e ganhará força com a mudança de comando na corporação. No fim de semana, o presidente Lula demitiu o general Júlio Cesar de Arruda e o substituiu pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Sobre as investigações de militares que apoiaram os atos de vandalismo e até atrapalharam a prisão dos envolvidos, Múcio afirmou que “Lula não vai perdoar golpistas”. “Vamos identificar os culpados. Não vamos trabalhar em cima de suspeições e vamos investigar “, disse o ministro ao g1. A demissão do general Arruda foi decidida após desgastes com o Executivo. O alto escalão do governo considera que Arruda resistiu à desmobilização do acampamento de bolsonarista radicais em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. E lembra que na noite dos ataques, tanques de guerra impediram que radicais fossem presos até a manhã do dia seguinte.
Ministro do TSE dá prazo de 5 dias para Bolsonaro se manifestar sobre atos golpistas e postagem contra resultado das eleições
Por g1
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, deu prazo de cinco dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre uma postagem em rede social questionando o resultado das eleições de 2022 e também sobre os atos de vandalismo aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
O prazo começa a contar a partir da notificação. O despacho de Gonçalves é do último sábado (21) e atende a um pedido da campanha de Lula à Presidência da República.
Além de Bolsonaro, também serão notificados o ex-ministro da Defesa Braga Netto, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O pedido foi feito dentro do processo sobre uso indevido dos meios de comunicação social e abuso de poder político.
Ao acionar o TSE, a campanha de Lula cita que houve uma postagem feita por Bolsonaro, em seu perfil oficial nas redes sociais, questionando o resultado das eleições de 2022. A postagem foi feita após os ataques do dia 8 de janeiro e apagada após cerca de duas horas no ar, conforme mostrou o g1.
A postagem incluia um vídeo. No vídeo, um procurador do estado de Mato Grosso do Sul divulga teses infundadas e já desmentidas sobre as eleições de outubro. Dizia, por exemplo, que o povo brasileiro não tem “poder” sobre o processo de apuração dos votos.
A apuração eleitoral dos votos é pública e já foi detalhada pelo TSE diversas vezes. Os boletins de urna foram divulgados na internet e não houve, até o momento, uma única suspeita de fraude detectada.
Bolsonaro compartilhou o post dois dias após uma minoria de radicais bolsonaristas cometer atos de terrorismo em Brasília, depredando a sede dos três poderes da República – o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
Ao longo dos atos de terrorismo, os golpistas gritavam contra o resultado das eleições e acusavam os Poderes de terem fraudado a eleição de Lula, embora não haja qualquer indício de que isso tenha acontecido.