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:: ‘Destaque3’

Hospital do Subúrbio é eleito um dos melhores hospitais públicos do país

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Foto: Divulgação

O Hospital do Subúrbio, em Salvador, foi eleito como uma das melhores unidades de saúde pública do país pelo “Prêmio Melhores Hospitais Públicos do Brasil”. A unidade do Governo da Bahia ocupa o 5º lugar da lista, sendo a única do Nordeste a conquistar o nível máximo de certificação de qualidade, considerado um dos mais eficientes, bem avaliados e que se destacam pela qualidade e segurança proporcionada aos pacientes.

O prêmio promovido pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Instituto Ética Saúde (IES) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconheceu as 40 melhores instituições públicas que possuem atendimento 100% via Sistema Único de Saúde (SUS). Os critérios de escolha observados levaram em consideração as avaliações dos usuários dos serviços através do Google Business, o tempo de certificação de cada instituição, além do cálculo de eficiência das unidades, medido por meio da produção hospitalar em relação aos recursos financeiros investidos.

Ao todo, 136 hospitais públicos do país foram avaliados pela comissão julgadora, formada pelos representantes das instituições organizadoras do prêmio e pela Fundação Getúlio Vargas, sendo escolhidas 40 instituições de 11 estados para serem incluídas no ranking, todas com a Acreditação de nível 3 de excelência emitido pela Organização Nacional de Acreditação ou com certificação de qualidade plena internacional.

Inaugurado em setembro de 2010, o Hospital do Subúrbio possui 283 leitos, sendo 213 de internação hospitalar em enfermaria e 70 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), oferecendo atendimentos nas áreas de clínica médica, clínica cirúrgica, cirurgia bucomaxilofacial e pediatria clínica. A unidade conta, também, com serviços de medicina intensiva, radiologia e radiologia de intervenção, dispondo de uma equipe multidisciplinar com mais de 1.900 profissionais, prontos para atender urgências e emergências.

Somente em 2022, a unidade já realizou mais de 36 mil atendimentos, registrando uma média mensal de cerca de 3.500 pacientes atendidos.

STF rastreia empresários que financiaram bloqueios em rodovias e manifestações

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Ponto de bloqueio de estrada | Foto: Felipe Rosa/RPC Curitiba

O Supremo Tribunal Federal (STF) está rastreando vários empresários suspeitos de financiar bloqueios em rodovias e manifestações em frente a quartéis do Exército.

Além disso, as investigações avançam a fim de responsabilizar autoridades públicas.

Segundo apurou o blog do Valdo Cruz, já foram identificados empresários que estariam financiando os atos e, agora, o trabalho das investigações é fazer o rastreamento de como eles atuaram e seguem atuando no apoio aos bloqueios de estradas e protestos nos quartéis.

Nesta terça-feira, conforme o blog, o ministro do STF Alexandre de Moraes reuniu-se com os procuradores de Justiça de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo. Depois da reunião, os procuradores admitiram que há indícios da atuação de empresários por trás dos bloqueios de estradas no país.

Segundo eles, não são manifestações espontâneas, mas organizadas e financiadas. E que precisam ser punidas porque são protestos golpistas, antidemocráticos, para que não se repitam no país e virem algo rotineiro no Brasil.

O inquérito investiga não só a atuação de empresários mas também do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que não teria atuado de forma correta e transformado até a PRF em um órgão de governo e não de Estado. Segundo apurou o blog, essa linha da investigação também está avançada e pode atingir também o ministro da Justiça, Anderson Torres.

Covid-19: testes positivos em alta acendem alerta sobre nova onda no Brasil

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Por BBC

Aumento de casos de covid-19 deve ser observado no país nas próximas semanas | Foto: BBC/GETTY IMAGES

Laboratórios particulares e farmácias em todo Brasil vêm registrando aumento nos testes positivos para Covid-19 nas últimas semanas, em um indício do que epidemiologistas classificam como um “alerta” para uma nova onda de casos no país.

Levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares passou de 3% para 17% em menos de um mês — um salto de 566%.

O aumento de casos foi registrado principalmente no Sudeste e Centro-Oeste do país, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

O ITpS também registrou alta na procura por testes ao longo do mês de outubro em todo o Brasil.

Já nas farmácias, os exames positivos para a doença voltaram ao patamar de dois dígitos, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que reúne 26 redes responsáveis por cerca de 45% das vendas de medicamentos no país.

Das 14.970 testagens realizadas de 17 a 23 de outubro, 2.320 (15,5%) apresentaram diagnóstico positivo. Na semana anterior, a taxa havia sido de 9,36%.

Epidemiologista e pesquisador da ITpS, Anderson Brito explica que a alta de testes positivos aponta para a tendência de surgimento de uma nova onda em algumas semanas.

“Provavelmente observaremos um aumento geral de testes positivos nos próximos dias, assim como aconteceu nas outras duas ondas de 2022”, diz.

A demora para que o salto nos casos identificados pelas farmácias e laboratórios particulares seja também notada com clareza nos dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) é natural, segundo o especialista.

“Os testes em laboratórios servem como um termômetro — quando há uma alta na positividade no sistema privado é questão de tempo até começarmos a observar isso também na rede pública e de forma mais ampla.”

Para o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, os aumentos registrados até agora são “um sinal de alerta”.

“Não há motivo para desespero, pois ainda não sabemos a gravidade da onda ou se os casos provocarão muitas internações e óbitos”, afirmou o especialista à BBC News Brasil. “Mas precisamos lembrar que a adesão às doses de reforço no Brasil tem sido baixa, o que não é uma boa notícia.”

Quase 80% da população brasileira recebeu duas doses da vacina contra a covid-19, mas menos de 50% foram imunizados com uma ou duas doses de reforço, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.

“A vacinação é o melhor caminho para o fim da pandemia e o grande desafio é lembrar a parte da população que ainda não se imunizou ou tomou as doses de reforço disso”, afirma Hallal.

Do Sudeste para o resto do Brasil?

O levantamento do Instituto Todos pela Saúde aponta para uma alta especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Neste último, os testes positivos subiram de 3% para 18% entre os dias 22 e 29 de outubro — ou seja, foram registrados seis vezes mais diagnósticos.

Já em São Paulo, no mesmo período, os positivos subiram de 10% para 19%. No Rio, de 15% para 26%.

Mas segundo os epidemiologistas consultados pela BBC Brasil, a tendência é que a nova onda ultrapasse as fronteiras desses Estados e chegue a todo o país em breve.

“Desde que a pandemia começou, o aumento de casos começa em uma região restrita, mas logo se espalha”, diz Pedro Hallal. “Ou seja, é provável que a nova atinja também outras partes do Brasil.”

“A covid é uma doença que se dissemina muito rápido e facilmente. Leva o tempo de um voo para que uma nova variante saia de São Paulo e chegue no Pará”, afirma Anderson Brito.

O epidemiologista explica, porém, que a pandemia nem sempre acontece ao mesmo tempo em outros lugares, especialmente quando se trata de países e continentes diferentes.

“A Europa está saindo de sua última onda de casos, que durou cerca de dois meses, e só agora estamos observando uma tendência de aumento no Brasil”, diz.

No último final de semana, uma nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1, foi identificada no Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

A variante já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, de acordo com a unidade da Fiocruz no Estado, o que fortalece a suposição de que ela já circula em diferentes locais do país.

Nos Estados Unidos e na Europa, a BQ.1 já é considerada dominante.

Nova subvariante da ômicron consegue escapar mais de anticorpos; saiba como se proteger

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Por Folhapress

Foto: Freepik

A chegada da subvariante ômicron BQ.1 ao Brasil gera preocupação em especialistas por sua capacidade de escapar de anticorpos e amplia a importância das doses de reforço.

A nova linhagem é responsável pelo recente aumento de casos nos Estados Unidos e na Europa e já foi identificada no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

“Ela consegue fugir dos anticorpos, tanto produzidos por quem se vacinou quanto pela infecção natural, o que aumenta a capacidade dela de causar infecção”, diz Alberto Chebabo, presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

O infectologista Francisco Ivanildo Oliveira Junior, gerente médico do Hospital Infantil Sabará, explica que a subvariante apresenta uma modificação no formato da proteína reconhecida pelos anticorpos, dificultando seu encaixe e, consequentemente, sua eficácia no combate ao invasor.

“Imagine cópias de chave. Se o chaveiro não faz uma chave exatamente igual, às vezes, a cópia até consegue abrir a fechadura, mas ela abre com um pouco mais de dificuldade e, dependendo da alteração, nem entra na fechadura. É isso que vai caracterizando as mutações, são pequenas mudanças nesse mecanismo de encaixe”, comenta.

Após semanas sem registro de Covid-19, o Sabará atendeu recentemente 14 crianças com a doença, oito delas entre os dias 26 de outubro e 1º de novembro.

No caso da BQ.1, como os anticorpos têm maior trabalho para se ligar ao vírus, é preciso ter mais deles para um combate efetivo. “A vacina estimula a produção de anticorpos, mas depois de algum tempo essa produção começa a cair e, como esse anticorpo não tem uma afinidade tão boa com o vírus, preciso de uma quantidade maior para compensar a deficiência nas ligações”, afirma Oliveira Junior.

E a melhor forma de conseguir manter em alta o número de anticorpos, apontam os médicos, é seguir a vacinação completa contra Covid-19, incluindo todas as doses de reforço recomendadas.

“O esquema com duas doses não é suficiente para proteger completamente contra essas novas subvariantes exatamente por esse escape imune, pelas mutações que elas têm”, reforça Chebabo.

Em declaração publicada no fim de outubro, o grupo consultivo da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre evolução do vírus Sars-CoV-2 reuniu informações sobre duas novas subvariantes da ômicron: XBB e BQ.1. Para os especialistas, elas não divergem o suficiente para ganhar um novo rótulo ou modificar a forma como a Covid-19 vem sendo enfrentada, mas a situação será regularmente reavaliada.

De acordo com a OMS, a XBB e suas derivadas são uma recombinação das sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75 da ômicron. No início de outubro, elas tinham prevalência global de 1,3% e já haviam sido detectadas em 35 países, entre eles Singapura e Índia.

A BQ.1 e sua sublinhagem BQ.1.1, por sua vez, são provenientes da BA.5 e, há um mês, tinham prevalência de 6% e registro em 65 países. No documento, a OMS chama atenção para as mutações dessas subvariantes e o escape imune, mas indica não haver dados que sugiram aumento na gravidade da doença.

Para Chebabo e Oliveira Junior, a maior preocupação neste no momento no Brasil é com as crianças. Cidades como o Rio de Janeiro suspenderam a vacinação com Coronavac em crianças de 3 e 4 anos por falta de doses e levantamento do jornal Folha de S.Paulo divulgado nesta segunda-feira (7) mostra que apenas 13,9% dos meninos e meninas nessa faixa etária iniciaram a trajetória vacinal.

Para aqueles que têm de seis meses a três anos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a vacinação com o imunizante da Pfizer e, apesar de o primeiro lote já ter chegado ao país, a vacinação não foi iniciada.

“É importante que o Ministério da Saúde disponibilize rapidamente essas vacinas para toda a população pediátrica, porque hoje, junto com os imunodeprimidos, é a de maior risco”, defende Chebabo.

“Estamos incorrendo numa falha tremenda porque estamos deixando de proteger um contingente considerável, que tem a chance de se infectar e de evoluir com gravidade”, ressalta Oliveira Junior, lembrando que a doença pode levar à SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica), à Covid longa e mesmo à morte das crianças.

Padre tira a batina e abandona missa após discussão política

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Por g1 Goiás

Padre abandona missa após discussão política | Foto: Reprodução

Um padre tirou a batina, jogou sobre o púlpito e abandonou a missa após uma discussão política em uma igreja de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo um fiel, que não quis se identificar, algumas pessoas fizeram o símbolo do “L” com as mãos para o sacerdote e ele não gostou. As imagens mostram quando ele e uma mulher discutem e, em seguida, o padre diz: “É? Então beleza. Vocês não precisam de padre. Então, estou deixando a paróquia”, em seguida, ele tira a batina e sai do altar.

A missa aconteceu no domingo (6), na Igreja Matriz Imaculado Coração de Maria. Segundo a testemunha, indignado, o padre Danilo Neto teria entrado para a missa e pedido para que, quem tivesse votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência eleito, deixasse o local.

Neste momento, também de acordo com a testemunha, uma mulher teria se levantado e começado a discutir com ele. Em seguida, ele tirou a batina e deixou a igreja.

Ao g1, a Diocese de Anápolis, que responde pela paróquia da cidade de Nerópolis, confirmou que o caso ocorreu após uma discussão por causa de política. A diocese lamentou o caso, disse que repudia qualquer ato de intolerância e que vai tomar as providências necessárias.

Nota da Diocese de Anápolis:

A Diocese de Anápolis lamenta profundamente o episódio ocorrido durante a celebração da Santa Missa no dia 6 de novembro, na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Nerópolis. O Bispo diocesano, ao tomar conhecimento do fato, está acompanhando pessoalmente a situação e tomará as devidas providências. Reiteramos a posição não partidária da Igreja e repudiamos qualquer ato de intolerância. Rogando ao Senhor Deus pela unidade e a paz, a Diocese de Anápolis convida os fiéis a rezar pelo sacerdote e pela comunidade.

‘Estamos no caminho para o inferno climático’, alerta secretário-geral das Nações Unidas

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Por g1

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fala durante sessão da COP 27, em Sharm el-Sheikh, no Egito | Foto: REUTERS/Mohammed Salem

No início do segundo dia da cúpula do clima da ONU, a COP 27 do Egito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu aos países que se reúnem em Sharm el-Sheikh que trabalhem juntos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ao redor do mundo.

“Estamos na luta de nossas vidas. E estamos perdendo. As emissões de gases de efeito estufa continuam crescendo. As temperaturas globais continuam subindo. E nosso planeta está se aproximando rapidamente de pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível”, afirmou o chefe da ONU.

“Estamos em uma estrada no caminho para o inferno climático com o pé no acelerador”, alertou.

No último mês, um relatório global divulgado pela ONU mostrou que as promessas climáticas dos países ainda não são suficientes para conter os efeitos catastróficos das mudanças climáticas e podem até colocar o mundo para um aquecimento de até 2,5 graus Celsius até o final deste século (em relação aos níveis pré-industriais).

Em seu discurso, o secretário-geral da ONU também afirmou que é preciso que o planeta acelere a transição dos combustíveis fósseis e entregue um financiamento necessário para garantir que os países mais pobres possam reduzir suas emissões e lidar com os impactos inevitáveis das mudanças climáticas que já estão ocorrendo.

Esse tema é chamado de “perdas e danos” e será um dos principais debates da cúpula do clima deste ano.

“Perdas e danos não pode mais ser varrido para debaixo do tapete. É um imperativo moral. É uma questão fundamental de solidariedade internacional – e justiça climática”, declarou.

“Aqueles que menos contribuíram para a crise climática estão colhendo a desordem semeada por outros.”

Guterres também chamou atenção para o fato de que as duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, precisam se unir para que esse pacto financeiro se torne uma realidade.

As duas potências foram as principais responsáveis para a existência do Acordo de Paris, o tratado climático internacional que prevê o controle das emissões de gases de efeito estufa.

Influenza A: aumento dos casos exige medidas de prevenção, alerta infectologista

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Foto: Erasmo Salomão/MS

O aumento nos casos de influenza A no Brasil se mantém por, pelo menos, cinco semanas. De acordo com dados do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), a taxa de positividade de testes em laboratórios privados permanece acima de 20%, com um pico de 34%. A taxa é considerada alta, já que esse total normalmente fica abaixo de 5%. A proporção se aproxima da aferida em janeiro deste ano, quando o país enfrentou um surto da doença, com 44% de testes positivos. De acordo com o portal Metrópoles, o médico infectologista Bernardo Almeida considera que o aumento nos casos tem relação com a pandemia de coronavírus. “Estamos em fase de transição entre o período de pandemia para endemia pelo Sars-CoV-2. Nesse contexto, há uma tendência de retorno do padrão epidemiológico dos outros vírus respiratórios, como o influenza”, afirma. O especialista explica que esse retorno pode ocorrer de forma atípica, com picos de alguns vírus e fora do período habitual de sazonalidade. “Provavelmente, somente após alguns anos chegaremos a um padrão mais estável e previsível na circulação dos vírus respiratórios em geral”, estima o médico.

Aliado de Bolsonaro, bispo Edir Macedo agora fala em perdoar Lula, eleito por ‘vontade de Deus’

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Por Folha de S.Paulo

O então presidente Lula e o bispo Edir Macedo, em foto de 2007 | Foto: Bruno Miranda/Folhapress

O bispo Edir Macedo, líder de uma das igrejas evangélicas que fizeram oposição ferrenha a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende agora que a posição mais cristã é perdoar o presidente eleito e “bola pra frente”.

“Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer”, afirmou o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.

“O diabo quer acabar com sua fé, com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, não dá, minha filha, bola pra frente, vamos olhar pra frente.”

A modulação no discurso foi feita numa live que o bispo postou em suas redes sociais. No vídeo, Macedo disse que orou por Jair Bolsonaro (PL), mas que a vitória de Lula foi uma escolha divina.

“Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda.”

O líder neopentecostal afirmou que o ex-presidente que voltará para um terceiro mandato “supostamente ganhou segundo a vontade de Deus, mas quem ganhou fomos nós, os que cremos”.

Macedo iniciou sua fala contando de um culto na véspera, em Genebra, em que a mensagem central foi o perdão. “Falamos que as pessoas devem perdoar para que possam ser perdoadas. É o que Jesus ensina, o que nós cremos.”

Segundo o bispo, por carregarem muita mágoa e ressentimento, muitos têm dificuldade de perdoar, “e quanto mais tempo passa, mais difícil vai ficando”.

Ex-aliado de Lula que em 2018 endossou o bolsonarismo, Macedo contou que, na reunião, uma fiel trouxe o tema político à tona: “Todo mundo ouve ela gritar, ‘eu perdoo você, Lula, que fez tanto mal para o Brasil, que fez o que fez’”.

“E aí me veio o discernimento de quantas pessoas neste Brasil ou pelo mundo afora, especialmente cristãos, quantos devem ter ficado irados contra o Lula e magoados e agarraram um sentimento de mágoa contra ele. Ora, minha amiga e meu caro amigo, vamos colocar a cabeça no lugar, nós fizemos as nossas escolhas. Ei, e a escolha foi da maioria, obviamente, que votou.”

Completou: “Sua fé não vai valer de nada se você não perdoar”.

Nos bastidores do poder evangélico, a adesão da Universal à candidatura vencedora, fosse a que fosse, eram favas contadas. Macedo se alinhou a todos os presidentes desde Fernando Collor, em 1989.

Dólar opera em queda, com foco na agenda fiscal de Lula e no Fed

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Por g1

Foto: Karolina Grabowska/Pexels

O dólar opera em queda nesta terça-feira (1), após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de domingo, com investidores focando a agenda fiscal do próximo governo, e em meio a expectativas de que o Federal Reserve (BC dos EUA) vai desacelerar o ritmo de aumentos dos juros no próximo mês.

Às 10h33, a moeda norte-americana caía 0,17%, cotada a R$ 5,1564. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 2,55%, cotada a R$ 5,1654, após chegar a R$ 5,4095 no começo do pregão. Com o resultado, a moeda acumulou queda de 4,24% no mês. No ano, o recuo é de 7,34% frente ao real.

Passado o resultado das eleições presidenciais, com a confirmação de que não haverá grandes turbulências políticas, a indicação de Lula para a chefia de sua pasta econômica –que deve ser desmembrada em Ministério da Fazenda e outros braços– passa a ser uma das principais prioridades do mercado, principalmente em meio a temores persistentes sobre o futuro das regras fiscais do país, destaca a Reuters.

As diretrizes do programa de governo do PT propõem a revogação do teto de gastos, considerado a principal âncora fiscal do Brasil, já no ano que vem. A ferramenta foi aprovada em 2016 para limitar o crescimento das despesas públicas federais à variação da inflação.

“O mercado gostaria com certeza de ter claridade sobre quem vai ser (o Ministro da Fazenda). Até porque a escolha do ministro por si só já é uma sinalização importante de que o que quer que venha a substituir o teto de gastos possa ser razoavelmente crível e sustentável”, disse à Reuters o economista-chefe do Banco Modal, Felipe Sichel.

“O que importa, na verdade, não é o nome do mecanismo, mas a garantia de que não existe uma tendência de deterioração das contas públicas”, disse Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Grupo Travelex Confidence.

Ajudam a tranquilizar os mercados os recentes acenos de Lula em relação à responsabilidade fiscal, com o petista dizendo que isso faz parte de sua agenda, acrescentou Weigt, bem como a eleição, no primeiro turno, de um Congresso moderado e alinhado a pautas liberais.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o mercado pode “comprar” a agenda de Lula, mesmo com alterações nas regras fiscais, caso o petista faça uma “narrativa bem construída”, com a nomeação de uma pessoa confiável a ministro da Fazenda e indicação clara de qual será o rombo no ano que vem com gastos fora do Orçamento.

Desempenho de Lula na Bahia foi o segundo melhor de todo o país; Bolsonaro venceu em apenas 2 cidades

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Por g1 BA

Lula e Jerônimo Rodrigues participam da caminhada Brasil da Esperança, em Salvador | Foto: Ricardo Stuckert

O candidato a presidência da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), obteve 72,12% dos votos válidos na Bahia durante o segundo turno das eleições no Brasil. O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 22h17, com 100% das urnas apuradas.

Ao todo, o petista obteve 6.097.815 de votos válidos. O segundo colocado, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), teve 27,88% dos votos, com 2.357.028 votos, segundo o TSE.

O desempenho de Lula na Bahia foi o segundo melhor de todo o país, atrás apenas do estado do Piauí, que teve 76,84%. Lula venceu em 415 dos 417 municípios baianos. Ele perdeu em apenas duas cidades, as mesmas onde havia perdido no primeiro turno, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, e em Buerarema, no baixo sul do estado.

Também no segundo turno, a Bahia teve uma abstenção geral de 20,49%, com 2 milhões e 310 mil eleitores que deixaram de votar. Votos brancos totalizaram 1,26% (113.101) e nulos 4,06% (363.656).

Em números gerais, Lula foi eleito, no domingo, com 50,90% dos votos válidos enquanto Bolsonaro ficou com 49,10%. A diferença percentual entre os dois candidatos é a menor desde a redemocratização.



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