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Foto: Marcos Corrêa/PR

Três partidos do bloco conhecido como “Centrão” – PP, PSL e PRB – avançaram nos últimos dias em tratativas para se fundirem em uma única sigla.

A informação é do jornalista Gerson Camarotti, colunista do G1. Segundo ele, o novo partido terá a missão de ampliar a governabilidade de Jair Bolsonaro junto ao Congresso, em um movimento considerado essencial para o presidente neste momento. Não por acaso, as articulações são feitas pelo próprio ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é presidente licenciado do PP.

O partido já nasceria com a maior bancada da Câmara dos Deputados – 126 deputados, na hipótese de todos os parlamentares das três legendas migrarem para o novo partido. Atualmente, as maiores bancadas são as do PSL e do PT, com 53 deputados cada uma.

A negociação, no entanto, inclui um consenso inusitado: o próprio presidente, hoje sem partido, não poderia se filiar à nova sigla. Para se candidatar à reeleição em 2022, Bolsonaro terá que se filiar a algum partido. Por esse acordo, mesmo com as três siglas unificadas, o presidente teria que se filiar a uma legenda menor para concorrer no próximo ano.

Ainda segundo Camarotti, os líderes dos partidos ainda estão traumatizados com a forma ruidosa como Bolsonaro deixou o PSL em 2019. O presidente chegou a ensaiar a criação de um partido próprio, mas a coleta de assinaturas exigida pela legislação não prosperou.

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