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Por Reuters

Avião da empresa russa Nordwind no Aeroporto Simón Bolivar, em Caracas | Foto: Reuters/Andres Martinez Casares

Avião da empresa russa Nordwind no Aeroporto Simón Bolivar, em Caracas | Foto: Reuters/Andres Martinez Casares

A chegada incomum de um avião de passageiros da Rússia a Caracas desencadeou rumores nas redes sociais a respeito de sua missão, uma vez que o Kremlin prometeu ajudar o aliado presidente venezuelano, Nicolás Maduro, diante de um esforço apoiado pelos Estados Unidos para tirá-lo do poder. O Boeing 777, que acomoda até 400 passageiros e pertence à empresa aérea russa Nordwind Airlines, foi posicionado em um espaço particular do aeroporto depois de voar diretamente de Moscou, de acordo com dados de monitoramento de voo e fotos da Reuters. Foi a primeira vez que o avião percorreu essa rota, mostraram os dados. As redes sociais da Venezuela ficaram repletas de teorias – que a aeronave levava mercenários, estava lá para escoltar Maduro ao exílio ou estava carregada de ouro. Nenhuma das teorias se baseou em indícios concretos, mas a especulação febril é um termômetro do clima de incerteza no país agora que Maduro sofre pressões internacionais sem precedentes para renunciar. O avião que está em Caracas normalmente voa entre a Rússia e o sudeste asiático, e não há registro de que já tenha ido antes à Venezuela, de acordo com dados de voo disponíveis ao público. O jornal russo “Novaya Gazeta” noticiou que a aeronave partiu com dois tripulantes e nenhum passageiro. Maduro afirma estar lidando com uma tentativa de golpe endossada por Washington e liderada pelo líder opositor Juan Guaidó, que na semana passada se proclamou presidente e foi reconhecido pelos EUA como o chefe de Estado legítimo da nação. A Rússia acusou o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, de tentar usurpar o poder da Venezuela e desaconselhou uma intervenção militar.

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