Conceição do Coité: Após esfaquear namorada e retomar relacionamento, jovem pega um ano de prisão
Do Correio24horas
O operário Victor Gabriel Oliveira Mota, de 22 anos, foi julgado na tarde desta quarta-feira (10) na cidade de Conceição do Coité por esfaquear a namorada em 2011. Perdoado pela vítima, que voltou a se relacionar com ele, o réu foi sentenciado a pegar um ano de prisão em regime aberto, pelo crime de lesão corporal. A sessão foi presidida pelo juiz Gerivaldo Alves Neiva, que levou o caso a julgamento como tentativa de homicídio, assim como era defendido pela promotoria. A defesa conseguiu desqualificar o crime para lesão corporal, conseguindo quatro votos do conselho, contra três pela manutenção da tentativa de homicídio.
De acordo com Neiva, Victor Gabriel e a vítima, Andreza Oliveira, 20 anos, voltaram a namorar, moram juntos no estado de Santa Catarina e estiveram presentes no julgamento. “Ela queria ficar ao lado dele mas a promotora não permitiu. Durante o intervalo para o almoço eles ficaram juntos fazendo carinho um no outro”, relata.
Para o juiz, o fato dos dois terem retomado o relacionamento foi decisivo para a desqualificação do crime e a aplicação da sentença mínima – ela poderia chegar até cinco anos: “A vítima inclusive me disse que suspeita que está grávida, mas não sei se foi só uma jogada da defesa”.
Com a desqualificação do crime, Victor Gabriel precisará apenas passar a noite em uma casa de albergado – estabelecimento usado pela justiça para o cumprimento de penas em regime aberto – na cidade catarinense onde mora com Andreza. No restante do dia, ele poderá trabalhar normalmente.
Entenda o caso
Victor Gabriel, ainda com 19 anos, esfaqueou a namorada, então com 17, em agosto de 2011, após suspeitar de uma traição. O casal morava junto em Conceição do Coité e ele a esfaqueou 13 vezes, incluindo na cabeça, ficando preso na cidade do interior. Andreza ficou cerca de um mês internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, mas segundo o juiz que presidiu a sessão hoje, pouco depois que ela recebeu alta eles retomaram o relacionamento: “Ele passou a receber visitas íntimas dela, assim que ela voltou para Coité”.
O advogado de Victor Gabriel entrou com pedido na justiça e o seu cliente pode foi liberado para responder pelo crime em liberdade cerca de três meses depois de esfaquear a namorada: “O motivo da prisão preventiva era para evitar que ele consumasse o crime, como eles voltaram a se relacionar, não havia mais necessidade de manter ele preso”, explica Neiva. Os dois passaram a morar sozinhos na cidade de Joinville, em Santa Catarina, e atualmente trabalham em uma indústria que fabrica peças para geladeira.