Dois morrem após confronto com a PM em Conceição do Coité
Marcílio da Silva Passos e Manoel Pereira Souza, o ‘Teiú’, ambos de 19 anos, morreram após troca de tiros com a Polícia Militar em Conceição do Coité, região sisaleira da Bahia, neste sábado (23). Um terceiro indivíduo conseguiu fugir, possivelmente baleado, segundo a polícia.
De acordo com a PM, foram dois confrontos entre eles e equipes da Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto) do 16º Batalhão e da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste. Conforme a PM, a situação ocorreu no bairro Cidade Jardim durante averiguação de uma denúncia de que indivíduos que teriam atirado em um policial militar no ano passado estariam comercializando drogas.
Ainda de acordo com a PM, os indivíduos resistiram a abordagem policial e tentaram fugir por uma área de matagal efetuando disparos contra os militares, que reagiram, acertando Manoel, que chegou a ser socorrido e levado para o hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
Momento depois, segundo a PM, teve outro confronto com Marcílio, que possuía mandado de prisão em aberto e também acabou morto. De acordo com a corporação, ele invadiu uma casa e ameaçou os moradores durante a tentativa de fuga.
A PM informou que, durante a ação, apreendeu dois revólveres, sendo um calibre 38, com cinco munições deflagradas, e o outro de fabricação argentina, com três munições também deflagradas. O caso foi registrado pela Polícia Civil.
Notícias de Santaluz
É muito constrangedor refletir sobre fatos da escalada da violência na Amada e Querida cidade de Conceição do Coité. Quem chega à cidade de Coité, a primeira percepção ESPIRITUAL que tem é a de uma Aura, uma luminosidade,uma clareza ambiental que envolve a cidade e propicia ao visitante um estado de Graça. A Aura da cidade de Conceição do Coité em si é harmoniosa. Portanto, essa realidade ESPIRITUAL pode levar alguém a presumir uma atmosfera ecológica propensa à PAZ que deveria proteger a cidade, assim como encanta e inspira o visitante. Entretanto, a violência tem se ocupado de ameaçar aquela Harmonia, dilacerando vidas. Veja, indivíduos muito jovens mortos em confronto com a polícia. Em geral indivíduos negros ou pobres. Mas, numa situação de confronto a polícia tem que cumprir a sua missão constitucional e a Aura da cidade fica salpicada de sangue, que poderia ser do agente público da segurança também. Na perspectiva da repressão, o Estado cumpre a Carta Magna do Brasil. O que pensar? A demanda insaciável por drogas está desgraçando a nossa terra. De um lado se tem o consumidor que tenta preencher uma lacuna dolorida na alma, sublimar uma dor existencial insuportável recorrendo às drogas; do outro o jovem pobre que para suprir as suas necessidades materiais, inclusive de pão cotidiano; cansado de passar fome; submete-se ao narcotráfico. E o Estado o faz? Reprime. No exercício do magistério, sabendo de alunos dependentes químicos, conversei com alguns deles sobre o fenômeno escravizador das drogas, e os relatos incidiam sempre no desencanto com o mundo, com a vida, com as instituições falidas que os condicionam a consumir drogas. Para eles é terrível a dor existencial! A sociedade em que vivem passa a não garantir sustentabilidade de referências positivas e o Estado a oprimi-los de forma sistemática; aí se dá o naufrágio nas drogas. Haveria algum chance de se clamar àqueles que têm o dever de dar exemplos constitucionais que o façam? Em consequência, haveria alguma chance de se sustentar valores ESPIRITUAIS perante aos que submergem no Universo das Drogas?