Exportações baianas registram recorde no ano, mas balança comercial fica negativa
A Bahia encerrou julho com um déficit de US$ 154,4 milhões na balança comercial, devido ao aumento das importações em comparação com as exportações. As importações no mês cresceram 28,9%, totalizando US$ 906,2 milhões, impulsionadas pela forte demanda doméstica e pelo aumento nos preços dos combustíveis. As exportações, por sua vez, aumentaram 2%, alcançando US$ 1 bilhão, o maior valor no ano, mas insuficiente para equilibrar a balança comercial.
O desempenho das exportações foi sustentado principalmente pelos setores de soja e derivados, papel e celulose, derivados de cacau, algodão e café, que juntos contribuíram para o aumento de 2% em relação a julho de 2023. No entanto, o volume exportado caiu 4,8%, indicando que o crescimento se deveu mais ao aumento dos preços das commodities. A análise foi realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No acumulado do ano, as exportações totalizaram US$ 6,38 bilhões, um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações alcançaram US$ 6,53 bilhões, um crescimento de 20%. Este desequilíbrio gerou o déficit na balança comercial da Bahia, indicando que o estado está gastando mais do que produz ou comprando mais do que vende. Já a corrente de comércio, que soma exportações e importações, atingiu US$ 12,91 bilhões, um aumento de 11,4%.
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