FOLHAPRESS
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Foto: Reprodução

“Chegaram me ‘aguentando’ e mandaram todo mundo deitar. Falaram para eu me enrolar na faixa do Corinthians. Depois, só ouvi os tiros”. O relato é de um faxineiro da torcida Pavilhão Nove. Ele falou a jornalistas, durante a madrugada, logo após a chacina na sede da torcida corintiana, mas pediu para não ser identificado. Ele disse que terminava de lavar o banheiro da sede, logo após uma festa de confraternização, quando dois homens loiros chegaram e ordenaram que as 12 pessoas que estavam no local se deitassem. Um terceiro homem teria participado da ação. Segundo a polícia, quatro deles conseguiram escapar, correndo para fora da sede da torcida, que fica embaixo da ponte dos Remédios, próximo à marginal Tietê, na zona oeste de São Paulo. Os oito integrantes da torcida que sobraram, disse o faxineiro, foram obrigados a se deitar de bruços. “Aí só ouvimos tiros e apaguei. Fiquei como morto”, disse.

Vítimas – Uma das vítimas é Fábio Neves Domingos, 34, conhecido como “Du Memo”. Ele foi um dos torcedores corintianos detidos pela morte do jovem torcedor boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, 14, durante o jogo entre San José x Corinthians, em Oruro (a 230 km de La Paz), pela fase grupos da Taça Libertadores da América, em 2013. As demais vítimas são: Ricardo Júnior Leonel do Prado, 34, André Luiz Santos de Oliveira, 29, Matheus Fonseca de Oliveira, 19, Jhonatan Fernando Garzillo Massa, 21, Marcos Antônio Corassa Júnior, 19, Mydras Schmidt Rizzo, 38, e Jonathan Rodrigues do Nascimento, conhecido com “Edilsinho”, 21.

Chacina – Oito homens morreram no final da noite deste sábado (18) em uma chacina na quadra da Pavilhão Nove, torcida organizada do Corinthians, na zona oeste de São Paulo. No momento do ataque, segundo a polícia, ocorria uma confraternização no local. Por ora, o delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Arlindo José Negrão Vaz, descarta a hipótese de briga de torcida. A principal linha de investigação é que as mortes tenham algum tipo de ligação com o tráfico de drogas. Segundo a polícia, três dos mortos já responderam a inquéritos por roubo ou tráfico.

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