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Foto: Marcos Corrêa/PR

Foto: Marcos Corrêa/PR

Integrantes do governo de São Paulo temem, nos bastidores, que a decisão da Anvisa de suspender a vacina produzida pelo Instituto Butantan contra a Covid-19 (ver mais) possa ser parte da “guerra política” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Em um comentário no Facebook na manhã desta terça-feira (10), publicado em resposta a um usuário que perguntou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina, Bolsonaro compartilhou a notícia de suspensão pela Anvisa dos testes da CoronaVac e disse que “ganhou” de Doria. Em outubro, o governo Bolsonaro chegou a negar, publicamente, que a vacina produzida por São Paulo seria comprada. Nos bastidores, auxiliares do presidente admitem que o Planalto não quer que Doria capitalize a vacina do Butantan. Para aliados de Doria ouvidos pelo blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, há cada vez mais “um jogo político” em curso, em relação à vacina, e temem que a compra dependa “exclusivamente” de uma decisão pessoal de Bolsonaro, sem amparo técnico e com “métodos seletivos”. Ao blog, um interlocutor de Bolsonaro lembrou que o Almirante Antonio Barra Torres, que comanda a Anvisa, é fiel escudeiro do presidente Bolsonaro e trabalhou para ser ministro da Saúde na crise do governo com Henrique Mandetta. O governo acabou optando por Nelson Teich. Mas Barra Torres, na visão de aliados do governo, estaria disposto a seguir as ordens do presidente para questões técnicas na condução da pandemia.

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