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Por g1 MS

Caso ocorreu em Nova Andradina (MS) e segue sob apuração | Foto: Reprodução

Uma gravação de áudio mostra um professor, de 46 anos, do curso técnico integrado do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), campus de Nova Andradina – a 295 quilômetros da capital Campo Grande – fazendo ataques à população nordestina e questionando o resultado do segundo turno das eleições presidenciais.

Na gravação, o professor faz declarações pejorativas aos nordestinos após o resultado das eleições em que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), atacando a região onde o petista teve mais votos.

As declarações foram gravadas durante uma aula com alunos de 15 a 17 anos, que levaram o áudio aos diretores da unidade. Na gravação obtida pelo g1 o professor declarou que: “o país vai para o brejo se continuar assim”.

“Desculpe-me quem é descendente de nordestino, desculpe-me, mas pra mim podem morrer de fome e sede. Desculpe-me, podem falar para o diretor, podem me meter um processo administrativo e falar o que quiserem comigo, mas não estou mais me importando”, disse.

O professor ainda declarou que sempre batalhou pelo Brasil. “Se é pra cada um pensar no seu umbigo, vou pensar apenas no meu. Estamos em um país que não tem mais garantia de nada e teoricamente não tem mais lei”.

Em nota, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) informou que a Direção-Geral do Campus Nova Andradina tomou conhecimento de que um professor fez declarações de apologia à ditadura militar, incitação ao uso de armas, desrespeito ao resultado das eleições e preconceito à população nordestina.

A instituição reforça que não compactua com discursos antidemocráticos, preconceituosos e de ódio. Ao tomar conhecimento do fato, o IFMS esclareceu que já iniciou os trâmites para apurar a conduta do professor por meio da Comissão de Ética e do Núcleo de Apoio à Correição (Nurei).

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