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Por g1 e TV Globo

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para o comando da Petrobras, durante sessão no Congresso | Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo governo federal para presidir a Petrobras, afirmou nesta quarta-feira (4) que a estatal não fará intervenção nos preços dos combustíveis.

Segundo Prates, “nunca ninguém falou em intervenção” nos preços, que, de acordo com ele, serão vinculados de “alguma forma” ao mercado internacional.

Após a declaração do indicado para o comando da Petrobras, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, passou a operar em alta.

Às 15h01, o Ibovespa subia 1,23%, a 105.442 pontos. Perto do mesmo horário, as ações da Petrobras subiam cerca de 2,6%.

A política de preços a ser adotada, conforme Prates, ainda será discutida e levará em conta a prática do mercado.

Prates não tem data definida para assumir a Petrobras, uma vez que seu nome ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração da empresa.

Contudo, nesta quarta, ele deu declarações sobre o que planeja para sua gestão.

“A Petrobras não faz intervenção em preços, ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. É um contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras”, disse o senador.

Mudança na política de preços

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende desde a campanha eleitoral modificar a política de preços praticada pela Petrobras.

Atualmente, a empresa se baseia no Preço de Paridade Internacional (PPI), que consiste em vender a gasolina e o diesel pelo mesmo preço que eles são vendidos no resto do mundo.

O modelo era criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por facilitar altas nos preços conforme as oscilações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

Segundo Prates, mudanças na política ainda serão discutidas por diferentes atores e envolverão ações do governo, mercado e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Ele entende que o modelo deve levar em conta a produção nacional de combustíveis.

“Todo preço vai ser vinculado internacionalmente de alguma forma. Há diferença entre PPI, paridade de importação, e paridade internacional. Uma coisa é você ter o internacional como referência, outra coisa é você se guiar por um preço de uma refinaria estrangeira, mais o frete até chegar aqui. Paridade de importação é o que para nós não faz muito sentido em alguns casos”, disse.

Prates afirmou que os combustíveis terão preço do “mercado brasileiro”.

“Ele é composto parte importado e parte nacional. A gente tem que ter um preço que reflita o fato de a gente produzir no Brasil. É só isso”, afirmou.

O senador é a favor de uma política regionalizada dentro do Brasil para o preço dos combustíveis, porém o tema ainda será debatido no Conselho Nacional de Política Energética.

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