Jornais estrangeiros veem discurso de Dilma 'rejeitado' e com ‘ideias antigas’

“É muito difícil entender o que acontece agora no Brasil”. Assim começa artigo do correspondente Francisco Peregil, destacado como uma das principais manchetes da versão online do jornal espanhol El País com o emblemático título: “Brasil, chegou a hora da verdade”. A cada novo dia de protestos a imprensa estrangeira amplia sua cobertura e o espaço dedicado ao que o The New York Times chama de “varredura no País”. Apesar de algumas críticas sobre uma alegada “tardia mostra de humildade após doze dias de protestos”, como escreveu o El País, poucos analistas internacionais arriscaram se posicionar e opinar se o pacto proposto pela presidente Dilma Rousseff (PT) conseguirá ou não acalmar as manifestações. Mas, após violentos incidentes nos arredores dos estádios de Salvador e Belo Horizonte que receberam jogos da Copa das Confederações, a imprensa mundial cravou: “os manifestantes rejeitaram furiosamente os esforços de Dilma”, publicou o The New York Times. No português Correio da Manhã, Dilma foi acusada de realizar um discurso “vazio” e “com ideias antigas”, a exemplo do Programa de Mobilidade Urbana. Essa proposta, considerada a principal exposta por Dilma para satisfazer os movimentos estudantis, já foi apresentada em 2007 pelo ministro das Cidades Márcio Fortes e, um ano depois, pela ministra do Turismo Marta Suplicy. No inglês The Guardian, a ligação entre os protestos e os grandes eventos que o País sediará nos próximos anos é evidenciada. “as favelas estão na frente do protesto e os brasileiros perguntam: a Copa do Mundo é para quem?”. (Portal Terra)

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