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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga ao lado do presidente, Jair Bolsonaro durante entrevista a imprensa | Foto: Ailton de Freitas/MS

O Ministério da Saúde deixou vencer o prazo de validade de um estoque de medicamentos, vacinas, testes de diagnóstico e outros itens que, no total, são avaliados em mais de R$ 240 milhões. Todos os produtos, alguns dos quais estão em falta nos postos de saúde do país, devem ser incinerados. Segundo informações da Folha de S.Paulo, são 3,7 milhões de itens que começaram a vencer há mais de três anos, a maioria durante a gestão de Jair Bolsonaro. Eles estão no cemitério de insumos do SUS, em Guarulhos (SP), no centro de distribuição logística da pasta. Todo o estoque é mantido em sigilo pelo ministério, mas, segundo a Folha, a lista de produtos vencidos inclui, por exemplo, 820 mil canetas de insulina, suficientes para 235 mil pacientes com diabetes durante um mês, no valor de R$ 10 milhões. Também foram perdidos frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B (quase 6 milhões de doses), varicela, entre outras doenças, no momento em que despencam as taxas de cobertura vacinal no Brasil. Só esse lote é avaliado em R$ 50 milhões. Ainda de acordo com a Folha, dados internos do governo mostram que também devem ser incinerados mais de R$ 32 milhões em medicamentos comprados por ordem da Justiça. A maior parte desses fármacos é de alto custo e para tratamento de pacientes de doenças raras, uma bandeira do governo.

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