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Por TV Globo

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (direita) e o irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom e Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (direita) e o irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom e Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou abertura de inquérito para apurar se a família do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e do deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) praticou lavagem de dinheiro com locação de maquinário agrícola e compra e venda supostamente simulada de cabeças de gado. A decisão é de sexta-feira (28) e foi tornada pública nesta segunda (1º). A decisão e o pedido de investigação não delimitam quem efetivamente será investigado. Moraes atendeu a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que apontou indícios de que pessoas ligadas à família emitiam recibos de “valores milionários” por uma empresa pequena de terraplanagem que não teria estrutura para locação dos equipamentos. Ela apontou necessidade de investigar mais as transações com gado e a suspeita de simulação de criação para posterior venda. “Documentos apreendidos indicam rebanho de 9.296 animais. Porém, documentos emitidos pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia indicam 11.855 animais. Tal diferença (2.549 animais ou 27,53%), considerado o preço da arroba na região, conforme levantamentos pela Polícia Federal, permitiria a lavagem de R$ 6,5 milhões”, afirmou. O pedido de investigação foi feito dentro de outro inquérito, que apura se os irmãos Vieira Lima se apropriaram de remunerações de secretários parlamentares. Dodge pediu mais prazo para concluir a investigação sobre os salários dos assessores – Alexandre de Moraes autorizou a prorrogação do inquérito por 45 dias.

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