Novo ministro da Educação defende tirar Bolsa Família de aluno agressor
10/abr/2019 . 9:16
Ministro Abraham Weintraub durante entrevista no Planalto | Foto: Dida Sampaio
Defensor do enfrentamento ao chamado “marxismo cultural”, o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que ficará vigilante a “tudo que sair” da pasta, como livros didáticos, e estará atento a “sabotagens”. Ele nega, porém, que haverá perseguição no MEC. “Não sou caçador de comunistas”, disse em entrevista exclusiva ao Estadão Conteúdo. Ele afirmou que trabalhará para entregar o que está no plano de governo e não fará, por ora, mudanças no Fies ou no Prouni. “Chega de solavanco.” Tema do programa de Bolsonaro, a disciplina nas escolas é alvo de preocupação. O ministro defende que professores agredidos em sala de aula chamem a polícia e que os pais sejam processados e, “no limite”, percam o Bolsa Família e a tutela das crianças infratoras. “Temos de cumprir leis ou caminhamos para barbárie. Hoje, há muito o ‘deixa disso’, ‘coitado’. O coitado está agredindo o professor”, disse, frisando que ainda não há medidas previstas para enfrentar o problema.
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As pessoas mais simples do nosso Povo costumam dizer: “O Sistema é Bruto!” Parece que o Sistema não é somente Bruto, mas é burro, arcaico, reacionário, repressivo, truculento, perverso e arbitrário. Ora, as CIÊNCIAS PEDAGÓGICAS orientam que a pessoa infanto-juvenil discente que manifesta problemas aversivos ou violentos deve ser acompanhada e tratada por equipe competente. É óbvio que o professor ou a professora sozinhos em sala de aula não conseguem muita coisa nesse sentido, carecem de mais apoio. Todavia, uma equipe especializada consegue reverter os quadros de riscos; inclusive fortalecendo os vínculos familiares e comunitários para afirmar a cidadania dos indivíduos; sem precisar cortar Direitos Constitucionais e Bolsa Escola ou Bolsa Família. Porque se o Sistema corta esses Direitos, sem antes estudar e tratar os casos, a criança pode ir para a vida do crime, quando devia ser tratada antes. A quem interessa a fabricação exacerbada da marginalidade e a explosão incontrolável da Escalada da Violência?