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Por Exame.com

Bolsonaro durante entrevista para a Jovem Pan | Foto: Reprodução

Bolsonaro durante entrevista para a Jovem Pan | Foto: Reprodução

“Nunca preguei o ódio”, disse Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (24) no Hospital Israelita Albert Einstein em entrevista para o programa ‘Os Pingos nos Is’, da Jovem Pan. Foi a primeira entrevista em vídeo do candidato desde a facada que recebeu em Juiz de Fora (MG) no dia 06 de setembro. O jornalista Augusto Nunes, que conduziu a entrevista, também perguntou sobre como ele responderia àqueles que apontam sua eventual eleição como um risco à democracia. O candidato é notório por sua defesa da tortura e da ditadura militar, já falou no fuzilamento de adversários e questionou recentemente a lisura das urnas eletrônicas. O seu candidato a vice, general Hamilton Mourão, mencionou recentemente a possibilidade de uma Constituinte sem representantes eleitos e aprovada por referendo, assim como de um “autogolpe” em caso de anarquia, sem definir quais seriam estes critérios. De acordo com Bolsonaro, “esses caras que falam que eu sou um risco a democracia é na verdade porque eu sou um risco a eles”, apontando as críticas como motivadas por interesses em estatais, e não comentando mais o tema. Ele negou que seu histórico de declarações tenha contribuído para a radicalização do cenário político, como sugeriram outros candidatos: “Exatamente o contrário, sou vitima daquilo que eu combato”. Perguntado sobre se Adélio Bispo, que foi preso em flagrante como autor do crime, teria agido sozinho, ele disse: ”Acredito que não, ele não é tão inteligente assim”.

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