Paciente é diagnosticado com doença priônica em Feira de Santana; enfermidade não tem relação com consumo de carne
Por g1 BA
Um paciente de 59 anos que está internado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, foi diagnosticado com Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ), uma doença priônica que afeta uma em cada milhão de pessoas, é degenerativa e tem progressão rápida. Ele não tem comorbidades e apresenta um quadro clínico grave e raro.
De acordo com a assessoria da unidade de saúde, a enfermidade não tem relação com consumo de carne e não é contagiosa.
O paciente deu entrada na unidade em 20 de janeiro com incoordenação para caminhar, alteração comportamental e de memória, alteração visual, movimentos anormais e crises convulsivas. A confirmação, no entanto, saiu essa semana após a realização de diversos exames complementares, como ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma e estudo do liquor, que recentemente confirmaram a doença.
O hospital detalhou que a DCJ é uma doença priônica, ou seja, causada pela alteração da proteína priônica, que leva à formação de agregados insolúveis que afetam o cérebro e levam à degeneração neuronal.
Segundo a médica Renata Nunes, coordenadora do serviço de neurologia do HGCA, a forma esporádica da doença é a mais comum.
“As outras formas incluem a hereditária, a iatrogênica (transmitida por alguns procedimentos neurocirúrgicos com material contaminado) e a variante bovina, que é a ‘Doença da Vaca Louca’. Independentemente da causa, a evolução clínica é muito semelhante, com rápida progressão da patologia e sem opções terapêuticas disponíveis”, explicou a médica por meio de nota enviada pela assessoria do hospital.
Ainda segundo a médica, a DCJ é uma doença sem cura e o tratamento consiste principalmente em aliviar os sintomas.
A assessoria do hospital detalhou que a equipe médica trabalha em conjunto para garantir o melhor atendimento ao paciente, oferecendo cuidados paliativos e apoio emocional para ele e seus familiares.