Vendedores são alvo de fake news e têm imagens associadas a sequestradores de crianças na Bahia
Por g1 BA e TV Subaé
Dois vendedores que atuam na região de Feira de Santana foram vítimas de fake news. Uma foto deles circula junto a um alerta, insinuando que seriam sequestradores de crianças.
“Atenção aí, povo do grupo. Uma van e dois homens dentro. Esses homens estão passando de colégio em colégio levando criança”, diz um trecho do áudio compartilhado no WhatsApp.
Desde que a mensagem passou a ser veiculada em aplicativos de conversação, há cerca de 20 dias, Jucival dos Santos e Ivanildo Marques vivem com medo. Os dois costumam pegar mercadorias — itens de cama, mesa e banho — em Feira de Santana para revender no interior baiano, porém, estão preocupados com a própria segurança.
“Tiraram foto da gente, divulgaram dizendo que a gente estava sequestrando criança, deixando a gente abalado, impossibilitando de trabalhar por medo de represália”, disse Ivanildo Marques à TV Subaé, afiliada da TV Bahia na região.
Jucival compartilha o receio: “A gente está trabalhando com medo, já prestei queixa na delegacia aqui em Feira”. Outro áudio, também compartilhado no WhatsApp, indica que pessoas pretendiam linchá-los.
A Polícia Civil confirmou que os dois vendedores prestaram queixa em delegacias de Feira de Santana e Irecê. A instituição busca identificar a autoria do crime.
Como alerta, o especialista em tecnologia ouvido pela reportagem, Rafael Assis, afirma que tanto quem produz quanto quem compartilha o conteúdo pode ser identificado. Isso porque todos os movimentos feitos na internet deixam vestígios. Se identificados, os responsáveis pela fake news podem responder por calúnia e difamação.
Lei Maria da Penha completa 18 anos, mas violência contra a mulher segue crescendo no país
Por g1
A Lei Maria da Penha, considerada um marco na defesa dos direitos das mulheres, completa 18 anos nesta quarta-feira (7).
Apesar dos avanços na legislação, reconhecidos por especialistas, a opressão às mulheres ainda é um dos principais problemas sociais do país. A violência contra a mulher — na contramão de outros tipos de violência na sociedade — só vem aumentando.
🔍 A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, tem como objetivo combater a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Ela é nomeada em homenagem à farmacêutica Maria da Penha, que sofreu tentativa de homicídio por parte de seu marido. A lei estabelece medidas para proteger as vítimas, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.
Na maioridade da Lei Maria da Penha, o g1 ouviu técnicos do governo e especialistas para buscar entender as razões pelas quais o país trata tão mal suas mulheres.
Aumento nas denúncias
Para começar a entender o cenário, estatísticas oficiais mostram que o Ligue 180, serviço do governo federal para captar denúncias de violência contra a mulher, vem registrando aumento de ocorrências ano após ano.
Em 2021, foram 82.872 denúncias; Em 2022, foram 87.794 denúncias; Em 2023, foram 114.848 denúncias.
No primeiro semestre de 2024, também já pode ser verificado um crescimento nos números em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério das Mulheres. Os números ainda serão consolidados.
Além disso, dados divulgados em julho no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostraram números preocupantes em relação à violência contra a mulher.
Em 2023, o número de estupros no país cresceu 6,5% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram 83.988 casos registrados, o que representa um estupro a cada 6 minutos no Brasil.
O número representa o maior número da série histórica, que começou em 2011, e as maiores vítimas do crime no país são meninas negras de até 13 anos.
Os dados crescem na contramão de outros índices de violência, como o de mortes violentas intencionais, que caiu em 2023.
Machismo e misoginia
Para especialistas, um dos principais fatores para o aumento da violência contra mulher são a mistura de machismo e misoginia — discurso de ódio e repulsa às mulheres e a tudo relacionado ao universo feminino.
“Eu acho que a violência vem aumentando porque na realidade a gente ainda não conseguiu chegar na origem da questão, que é o Brasil ainda ser um país extremamente machista e misógino”, afirmou a advogada especialista em questões de gênero Maíra Recchia.
Desconhecimento dos direitos
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, atribui o crescimento da violência contra a mulher a esses fatores e também a um desconhecimento de direitos. A Lei Maria da Penha, segundo ela, não chega a todos os cantos do país.
“Nós estamos vivendo um momento de misoginia, de muito ódio. Nós estamos em um momento de polarização no Brasil, coisa que nunca existiu. E, portanto, isso é um fator que vai terminar indo para dentro de casa, seja de uma forma ou de outra. […] O segundo fator é que a lei está completando 18 anos, mas nós não conseguimos implementá-la no Brasil inteiro”, disse a ministra em entrevista ao g1.
Um levantamento feito pelo Observatório da Mulher contra a Violência, divulgado no início deste ano, revelou que oito em cada dez mulheres se consideram mal informadas a respeito da Lei Maria da Penha.
Na tentativa de ampliar o combate à violência contra a mulher, o Ministério da Mulher lançou o novo 180. O serviço tentará ser mais célere e com maior integração com órgãos de polícia.
“Então agora nós temos as atendentes qualificadas constantemente, capacitadas para fazer esse atendimento. A gente tem uma equipe que vai tratar as denúncias que são registradas de uma forma mais célere e com os requisitos mínimos para a gente poder encaminhar para todos os órgãos de apuração”, afirmou Ellen Costa, coordenadora-geral do Ligue 180.
Violência ‘persistente e endêmica’
A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo Silvia Chakian pontua que a Lei trouxe para o debate público uma forma de violência que ficou oculta durante anos.
“É possível dizer que a violência contra as mulheres é persistente, endêmica, com índices alarmantes no Brasil e no mundo, que ficou oculta entre quatro paredes por décadas, até o advento da Lei”, afirmou a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Silvia Chakian.
“Durante muito tempo a violência doméstica no Brasil foi tratada como problema privado, familiar, e não uma questão de Estado […] Portanto, é imensa a contribuição da lei [Maria da Penha], quando quebra a tradição de tolerância e omissão do Estado, da sociedade e da própria Justiça no trato desse tipo de violência”, completou.
Ao longo dos anos a lei foi passando por atualizações. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou mudanças para garantir que medidas protetivas de urgência fossem concedidas no momento em que a mulher fizesse a denúncia a uma autoridade policial.
A alteração busca reduzir um problema quando o assunto é violência contra mulher: o medo de denunciar.
“Eu acho que as mulheres estão denunciando mais, eu acho que elas estão mais fortalecidas, acho que sim, existe um aumento da violência, mas os índices ainda são muito abaixo do que de fato acontece, muitas não denunciam”, disse a advogada Maíra.
Obrigação de reduzir a desigualdade de gênero
A redução da desigualdade de gênero e a necessidade de ampliar o debate em torno do tema são apontados por especialistas como as principais medidas para solucionar o problema a longo prazo.
“O que é importante? Que a gente também faça a reeducação dos agressores, por qual razão? Se a gente apenas afasta aquele agressor daquele núcleo familiar, quando a gente está falando de violência doméstica, via de regra ele vai reproduzir esse comportamento agressivo com outras pessoas, então, com outros núcleos […] Isso é fundamental para que a gente consiga avançar e diminuir esses índices absurdos de violência contra a mulher”, disse a advogada Maíra.
“Se a violência contra a mulher é um fenômeno social, que impacta milhares de meninas e mulheres no nosso país, não há mais como conceber qualquer tipo de alienação masculina. Como se diz popularmente, aquele que é parte do problema, exige-se que também seja parte da solução”, afirmou a promotora Silvia.
Pré-candidata à prefeita na Bahia usa colete à prova de balas em convenção: “eu preciso me precaver”
A pré-candidata Josi da Rádio (PSB) surpreendeu durante a convenção partidária que oficializou sua escolha para concorrer à prefeitura de Coração de Maria, no interior da Bahia, nas eleições deste ano. O evento, realizado no último domingo (4), chamou a atenção pelo uso de um colete à prova de balas por parte da pré-candidata.
Em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (6), Josi explicou que a decisão foi motivada por ameaças e uma sensação de insegurança. “Eu não me sinto segura e diante de várias situações que vem ocorrendo, eu preciso me precaver. Não posso ficar com a cara para cima em uma cidade que tem ficado violenta”, afirmou.
Além de Josi da Rádio, também devem concorrer ao Executivo municipal o atual prefeito, Kley Lima, e o ex-prefeito Francisco Marques, conhecido como Chicão.
Projeto propõe isenção de pedágio para motociclistas em rodovias federais e estaduais
Um projeto de lei de autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) propõe a isenção de pedágios para motociclistas em todas as rodovias federais e estaduais do Brasil. A proposta visa beneficiar não apenas motocicletas comuns, mas também modalidades como mototáxis e motoboys, entre outras.
De acordo com o deputado, muitas motocicletas são utilizadas como principal meio de transporte por trabalhadores de baixa renda, devido ao seu baixo custo e à economia de combustível. “Isentá-las de pedágios contribuirá para a redução do custo de vida e para a mobilidade desses cidadãos”, afirmou Isidório.
O projeto está em tramitação em caráter conclusivo e será avaliado pelas Comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado nessas instâncias, o texto ainda precisará passar pelo Senado para se tornar lei.
Notícias de Santaluz
Pais são presos por matar bebê em ritual de magia para ‘oferenda ao diabo’, diz a polícia
Por g1 ES
Os pais de uma bebê de três meses foram indiciados por homicídio triplamente qualificado devido à morte da filha, em Barra de Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. De acordo com a Polícia Civil, o homem, de 21 anos, e a adolescente, de 17 anos, mataram a criança asfixiada com o objetivo de praticar um ritual de magia em “oferenda ao diabo”.
“No desenrolar das investigações, ficou demonstrado que os pais da criança a asfixiaram com o objetivo de praticar um ritual de magia, em que sacrificaram o bebê como oferenda ao diabo”, explicou o adjunto da Delegacia Regional de Barra de São Francisco, delegado Daniel Azevedo.
O crime aconteceu no dia 22 de julho e, segundo o delegado, o casal foi preso no mesmo dia por apresentar versões diferentes sobre a morte da criança.
Segundo a polícia, o pai da criança foi indiciado por homicídio triplamente qualificado cometido por motivo torpe, asfixia e contra menor de 14 anos. Já a mãe, foi indiciada por ato infracional análogo aos mesmos crimes. Os dois continuam detidos.
Segundo o delegado, uma testemunha disse à polícia que a mãe ligou para ela momentos antes dizendo que iria sacrificar a criança.
“Um tempo depois, ela telefonou novamente informando que havia concretizado o crime”, acrescentou Daniel.
Com a conclusão, o inquérito policial foi relatado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que decidirá se oferece denúncia ou não durante a ação penal.
Ainda segundo o delegado, todas as provas coletadas estão de acordo com as informações e depoimentos dados pelas testemunhas e pelas pessoas envolvidas, o que comprova os fatos.
Com redação sobre fake news, estudante de Nova Fátima é selecionada para representar a Bahia em evento no Senado
Ana Cecília Santiago, estudante do Colégio Estadual de Tempo Integral Virgílio Francisco Pereira, localizado em Nova Fátima, no Território da Bacia do Jacuípe, está entre os 27 jovens selecionados para o Programa Jovem Senador. Ela representa a Bahia em Brasília, onde jovens de todas as regiões do Brasil se reunem até a próxima sexta-feira (9) para discutir temas importantes para o futuro do país.
O Programa Jovem Senador é uma iniciativa do Senado Federal em parceria com as secretarias estaduais de Educação, que oferece aos alunos da rede pública a oportunidade de vivenciar o processo legislativo e desenvolver habilidades de liderança e cidadania. A seleção dos participantes é feita por meio de um concurso de redação, cujo tema deste ano foi “Os 200 anos do Senado e os desafios para o futuro da democracia”.
Em sua redação, Ana Cecília abordou a importância do cuidado com a informação nas mídias digitais e os perigos das fake news para a democracia. Estudante do 3º ano do Ensino Médio, ela acredita que a participação no programa é uma oportunidade única para conhecer mais sobre o funcionamento dos espaços políticos e a importância deles na tomada de decisões que impactam a população.
“Esse desejo se intensificou, ainda mais, depois de assistir ao documentário ‘8/1 – A democracia resiste’, de Julia Duailibi e Rafael Norton, que conta a história do ataque à democracia, em 2023. As fake news são um grande impasse para a sociedade atual e buscar soluções para combatê-las é extremamente necessário. Vou sugerir uma atenção maior para o desenvolvimento de programas e projetos que incentivem o protagonismo estudantil e a participação cidadã dos estudantes do Brasil”, contou a estudante.
Acompanhada pela professora e orientadora Emília de Lima, Ana Cecília participa de uma série de atividades durante a Semana de Vivência Legislativa, que inclui debates, simulações de processos legislativos e a elaboração de propostas de lei.
Larissa Lima, coordenadora de Políticas para a Juventude em Processos Educacionais da Secretaria de Educação da Bahia (SEC), ressaltou a importância do programa. “As vivências legislativas inspiram e reforçam nos estudantes o desejo de participar desse cenário político, um espaço de representatividade, onde eles podem construir um projeto de lei e entender o funcionamento para que ele seja efetivado”, afirmou.
Notícias de Santaluz
Homem é encontrado morto ao lado de motocicleta em trecho da BA-120, entre Valente e Retirolândia
Um homem identificado como Jorge William de Jesus, de 30 anos, foi encontrado morto ao lado de uma motocicleta no início da manhã desta terça-feira (6), às margens da BA-120, entre os municípios de Valente e Retirolândia, na região sisaleira da Bahia.
De acordo com informações do blog do Sérgio Lima, o Samu foi acionado para prestar socorro, mas ao chegar ao local constatou que o homem já estava sem vida. Jorge era natural de Valente e residia em Retirolândia.
As causas da morte ainda estão sendo investigadas pela polícia, mas a hipótese inicial é de que ele tenha se envolvido em um acidente. Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi chamada para realizar a perícia e remover o corpo para necropsia.
Homem é preso com mais de 5 kg de maconha em ônibus na BR-116
Um homem de 26 anos foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite de segunda-feira (5), após ser encontrado transportando 5,1 kg de maconha em um ônibus interestadual. A apreensão ocorreu por volta das 18h, durante uma fiscalização de rotina no km 429 da BR-116, em Feira de Santana, interior da Bahia.
Segundo informações da PRF, o veículo vinha do Paraná e tinha como destino final a cidade de Arapiraca, em Alagoas. A droga foi encontrada dividida em oito tabletes, escondidos dentro de uma mala pertencente ao suspeito.
O homem confessou que havia sido contratado para transportar a maconha e que receberia R$ 2 mil pelo serviço. Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Feira de Santana, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.
Notícias de Santaluz
Pescadores fisgam peixe de 2 metros e mais de 100 kg em Goiás
Por g1 GO e TV Anhanguera
Pescadores esportivos conseguiram pescar uma piraíba de 2,01 metros e mais de 100 kg no Rio Araguaia, em Nova Crixás, município na região norte de Goiás. Bruno Ramos e Luan Machado pescaram a piraíba no sábado (5), junto com o guia de pesca Hugo Rosa. Em seguida, o peixe foi devolvido ao rio.
“Vêm pescadores do Brasil inteiro em busca de fisgar a tão sonhada piraíba, a rainha do rio, desejo dos pescadores”, declarou Bruno ao g1. Segundo o pescador, a piraíba é muito difícil de ser fisgada, mas esta não é a primeira vez que ele consegue capturar uma com tamanho aproximado. “Em julho, pescamos outra piraíba, mas de 1,80 metro”, contou.
Ao g1, o biólogo Edson Abrão explicou que a piraíba é o maior peixe de couro de água doce na América, mas está em extinção devido à pesca predatória. “Esse peixe pode chegar a cerca de 3,6 metros de comprimento e pesar até 200 quilos. E, geralmente, quanto mais velho ele for, maior ele fica.”
Briga em frente a bar termina em prisão por porte ilegal de arma em Santaluz
Um homem de 58 anos foi preso na tarde desta segunda-feira (4) por porte ilegal de arma de fogo em Santaluz, na região sisaleira da Bahia. De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM), ele ameaçou outro homem com uma espingarda durante uma briga em frente a um bar no bairro São Jorge.
A GCM informou que uma guarnição foi acionada para atender a ocorrência e conduziu tanto o suspeito quanto a vítima à delegacia da cidade.
Após ser autuado em flagrante, o homem passou por um exame de corpo de delito no hospital municipal e foi encaminhado à carceragem da Polícia Civil, onde ficará à disposição da Justiça.
Notícias de Santaluz