Papa abandona missa em Roma, após ser assediado por políticos brasileiros
O papa Francisco deixou inesperadamente a Igreja de Santo Início de Loyola, no centro de Roma, na noite desta quinta-feira (24), após celebrar missa em ação de graças pela canonização do Padre Anchieta, cancelando uma cerimônia de beija-mão, na qual seria cumprimentado por 50 convidados, numa sala ao lado do altar. Na interpretação dos organizadores da cerimônia, Francisco ficou assustado com o assédio de políticos brasileiros que tentavam se aproximar quando ele falava com o vice-presidente da República, Michel Temer, que veio a Roma representando a presidente Dilma Rousseff. Os políticos, que pelo protocolo não deveriam se aproximar naquele momento, eram Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e seus colegas Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Ana Rita (PT-ES), além do deputado Esperidião Amin (PP-SC) e o ex-senador Gerson Camata. Tudo estava preparado para o beija-mão, mas Francisco caminhou até a porta principal do templo, onde foi aplaudido por cerca de 100 pessoas que não tiveram acesso à missa e cercado por um grupo de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, em meio a um pequeno tumulto. Em vez de voltar para o beija-mão e de sair por uma porta lateral, o papa pegou seu carro de volta ao Vaticano sem explicações. Alguns convidados acharam que ele estava muito cansado, o que seria natural após a programação da Semana Santa. As informações são do Estadão.
Os mãos ligeiras pensaram que o papa estava usando aqueles apetrechos de ouro.