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Por Andréia Sadi

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Deputados da base aliada do governo Bolsonaro avisaram ao ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) que, se o governo não abrir espaço para a política, a reforma da Previdência não andará na Câmara dos Deputados com celeridade. O recado foi dado pelo deputado federal Sostenes Cavalcante (DEM-RJ), em nome de parlamentares aliados ao governo. Sostenes também levou queixas da bancada evangélica – que ele lidera – ao ministro da Casa Civil. No final de semana, o deputado, do mesmo partido que Onyx, avisou ao ministro que a bancada evangélica, apoiadora de Bolsonaro, estava irritada com a demissão de Pablo Antônio Tatim, indicado pela bancada, de uma secretaria da Casa Civil. A demissão foi sem explicação – e sem aviso prévio aos parlamentares. O deputado avisou ao ministro que, se o governo não abrir as portas para a articulação política, dificilmente fará andar a Previdência. Procurado pelo blog, Sostenes confirmou a queixa. “Eu não preciso de cargo no estado, porque meu voto é de igreja. Mas precisa respeitar o deputado que faz política assim. Dividir os espaços e cargos federais é natural da política. Uma coisa é corrupção. A outra, é dividir espaço para fazer política. Se não melhorar essa comunicação, fica difícil. E a gente quer ajudar”. Onyx, em reação, sinalizou que a partir desta quarta-feira (13) o governo vai chamar coordenadores das bancadas estaduais para discutir cargos de segundo e terceiro escalão. No final de semana, Rodrigo Maia esteve com o presidente Bolsonaro para discutir a Previdência. Combinou de levar parlamentares para se reunir com o presidente. Maia é da tese de que o governo precisa melhorar a articulação política para aprovar a Previdência. Nesta quarta, ele recebe o ministro da Economia, Paulo Guedes, e líderes para almoçar.

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