‘Possibilidade de não ter carnaval em 2022 começa a ser real’, diz cientista do Comitê do Consórcio Nordeste
O médico, cientista e coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, Miguel Nicolelis, acendeu um alerta sobre a urgência de tomar medidas para frear o crescimento da pandemia. Nos últimos dias, o número de óbitos na Bahia saltou da faixa de 30 para 60.
Nesta quinta-feira (18), o governo do estado publicou um novo decreto detalhando aplicação do toque de recolher, que começa a partir de sexta-feira (19). Segundo Nicolelis, se as medidas não forem respeitadas, elas podem se tornar ineficazes no futuro.
“Se nada for feito, se continuarmos com esses índices crescendo, com essas curvas crescendo assustadoramente, se as pessoas acharam que não ter carnaval em 2021 foi grave, a possibilidade da gente não ter carnaval em 2022 começa a ser real. Porque essa situação parece que pode perdurar ao longo de todo o ano de 2021. É importante que a gente deixe isso claro: se nada for feito, não haverá solução com medidas paliativas que são conhecidas como sendo ineficazes em todo o mundo, como o toque de recolher”, disse o especialista ao G1.
A partir do novo decreto do governo, os estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar as suas atividades até as 21h30, para garantir o deslocamento dos seus funcionários e colaboradores às suas residências.
Estabelecimentos comerciais como shoppings, bares e restaurantes, além de postos de gasolina que vendem bebidas alcóolicas deverão estar fechados e vazios às 22h. Atividades essenciais, como serviços de saúde e farmácias, serão mantidas, inclusive a entrega de medicamentos por meio de motoboys.
O decreto é válido até 25 de fevereiro.