Postos de Saúdes da Família (PSF´s) sofrem com precariedade e falta de médicos.

Quando se inscreveram no programa Mais Médicos, do governo federal, os médicos brasileiros já sabiam que a carga horária era de 40 horas, que a estrutura dos postos de saúde não era das melhores, que o valor da remuneração era de R$ 10 mil e que muitos iriam ter que trabalhar em lugares afastados dos centros urbanos. 

Mesmo assim, foram esses os argumentos que a maioria deles utilizou para, após se inscreverem e participarem das reuniões, desistir da vaga. Em Salvador, dos 32 médicos brasileiros inscritos, 21 compareceram ao “acolhimento” (primeira recepção do programa), cinco já desistiram formalmente da vaga e outros cinco ainda não apareceram, mas têm até sexta-feira para confirmar a participação.

Pelo interior da Bahia, mais registros de sumiço entre os médicos. Em Vitória da Conquista, dos cinco profissionais designados a atender a cidade, apenas três compareceram. “Os outros dois alegaram problemas pessoais”, diz nota da Secretaria de Saúde da prefeitura, que solicitou mais seis médicos na segunda fase do programa.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a quantidade de médicos faltosos e que desistiram justifica o acordo de cooperação internacional firmado com Cuba. Padilha disse ainda que, se houve boicote, foi uma “perversidade inimaginável”.

“Isso só revela um drama que os municípios e os estados têm cotidianamente quando fazem o processo de seleção, que é por conta do mercado extremamente aquecido. 

Só reforça o diagnóstico que o Ministério da Saúde fez de que o Brasil tem um número insuficiente de médicos diante do mercado aquecido”, disse o ministro. (Com informações do Correio)

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