Santaluz: ciclistas luzenses se juntam contra a exploração sexual de crianças e adolescentes
Para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Santaluz (Semas), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), em parceria com a Equipe Trilhar Saúde e Aventura, realizou um passeio ciclístico, na manhã deste domingo (22). Os participantes percorreram as principais ruas da cidade, partindo da Rua Dom Pedro II (em frente ao Creas), às 8h30. Os ciclistas contaram com o apoio operacional de uma viatura da Guarda Civil Municipal.
De acordo com a coordenadora do Creas, Ana Carolina Pita, o objetivo do evento é conscientizar a sociedade quanto a esses crimes e estimular denúncias ao serviço Disque 100, ao conselho tutelar e outros mecanismos. “A intenção dessa campanha é proteger nossas crianças e conscientizar a população da necessidade de se manifestar quando houver crime contra elas”. Para Ana Carolina, a ação também funciona como alerta para os pais, no cuidado com os seus filhos. “Os pais devem estar sempre atentos e mais próximos dos seus filhos, e a sociedade deve reagir denunciando aqueles que praticam crimes contra crianças e adolescentes, para que haja cada vez menos ocorrências desses tipos de violação”, enfatizou.
A coordenadora ressalta que, além do passeio ciclístico realizado neste domingo, várias ações coordenadas pelo Creas foram desenvolvidas durante todo o mês de maio, como parte da campanha ‘Faça Bonito’. “Fizemos um trabalho de conscientização com visitas às escolas da rede pública de ensino, prestado serviços educativos a crianças e adolescentes, e realizamos outras ações como uma blitz educativa e caminhada solidária na última quarta-feira, 18 de maio, data instituída por lei como o ‘Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente’. A campanha foi intensificada nos últimos dias, mas, proteger nossas crianças que estão em situação de vulnerabilidade é de extrema importância e é um trabalho que continuaremos fazendo de maneira permanente”, conclui Ana Carolina Pita.
A campanha
O dia 18 de maio foi instituído pela Lei Federal 9.970/00 com base no “Crime Araceli”, ocorrido na mesma data, em 1973, em Vitória (ES). Na ocasião, a menina Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média da cidade. Na última quarta-feira (18), o desaparecimento da menina completou 43 anos, mas ninguém foi punido pelo crime. Após a prisão, julgamento e absolvição dos acusados, o processo foi arquivado pela Justiça. Desde 2000, as ações que marcam este dia visam mobilizar os diferentes setores da sociedade, governos e mídia sobre a urgência da proteção dos direitos de meninas e de meninos.
Redação Notícias de Santaluz