Santaluz: exposição celebra 83 anos de nascimento do artista Almir Barros

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Foto: Lucas Miranda

A Prefeitura Municipal de Santaluz, por meio das secretarias de Cultura, Esporte e Juventude, e de Educação, com apoio da Cooperativa de Crédito Rural Ascoob Itapicuru, do Centro Educacional Nilton Oliveira Santos (Cenos) e do Colégio Ação, abriu, na noite desta segunda-feira (31), a exposição em homenagem aos 83 anos de nascimento do artista luzense Almir Barros (1932-1979) no Auditório Lindaura Carneiro de Araújo. A visitação é gratuita e segue até a próxima sexta-feira (4), às 21h.

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Foto: Lucas Miranda

A trajetória do pintor está montada numa linha do tempo e exposta em 18 painéis e 13 maquetes, com obras originais do artista, entre elas, O Seresteiro (1958), A Praça da Matriz (Sem data), São Jorge Salvando a Mulher Grávida (1975), A Velha Com Cachimbo (1974), Fazenda Araras (Sem data), Fazenda Bebedouro I e II (Sem data), Jesus e a Cura do Leproso (1975) e a Paisagem do Morro dos Lopes (1959).

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Foto: Lucas Miranda

“A diversidade de gêneros e os temas abordados no conjunto de sua obra demonstram que Almir Barros possuía uma sensibilidade aguçada que é percebida e captada nas cenas do cotidiano da sociedade luzense, bem como nas passagens bíblicas ou nos retratos de pessoas influentes. Com sua arte, ele transitou por quase todos os gêneros da pintura e representou os temas relacionados aos aspectos sociais, culturais e religiosos bem como à vida social e cotidiana das pessoas, lugares reais e idealizados com ênfase nos costumes e tradições do sertão baiano e nordestino”, destacou o artista plástico e pesquisador em arte, Manoelito Carneiro das Neves, que é autor e coordenador do projeto e curador da exposição.

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Manoelito Carneiro das Neves | Foto: Lucas Miranda

Integrando o projeto, foi lançado um catálogo com a biografia e algumas obras do homenageado. “A publicação do catálogo foi pensada como uma forma de resgate histórico-cultural e educativo-pedagógico do artista Almir Barros, para manter viva na memória da sociedade a importância da atuação do artista e de sua produção artística”, ressalta Manoelito.

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Foto: Lucas Miranda

Durante o evento, aconteceu uma mesa temática com Manoelito Carneiro, o prefeito de Santaluz Zenon Nunes Filho, as secretarias Aline Cunha, de Cultura, Esporte e Juventude, e Rosimar Sena, de Educação, Regina Maria de Vasconcelos Barros, viúva de Almir Barros, o artista Dema Reis, o músico Gerson Barboza, o médico Dr. Renato Gonsalves, o historiador e poeta Nelci Lima da Cruz, a professora Jussara Secundino e Yhasmin Barros, neta de Almir Barros.

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Foto: Lucas Miranda

“Fiquei muito feliz em poder reunir a família e os amigos nesta linda e mais do que justa homenagem a Almir Barros, que além de grande artista foi um excelente marido, amigo e pai de família exemplar”, contou emocionada a viúva do artista.

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Prefeito Zenonzinho posa para foto com viúva e familiares de Almir Barros | Foto: Lucas Miranda

“Almir Barros trouxe inovações artísticas com obras arrojadas e bem a frente do seu tempo, em um ambiente com fontes e matrizes culturais que iam muito além das fronteiras de Santaluz, e que o fez servir de inspiração para vários artistas surgidos no nosso município até os dias atuais. Esta homenagem é uma maneira de manter sua obra viva na memória do nosso povo e chamar a atenção para a importância de sua contribuição, reconhecida ao longo do tempo como de alta relevância e significação cultural para nós luzenses”, afirmou o prefeito Zenonzinho.

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Autorretrato de Almir Barros | Foto: Lucas Miranda

Biografia

Almir Borges Barros nasceu em 31 de agosto de 1932, na antiga Vila de Santa Luzia, que em 1936, foi elevada a município e passou a se chamar Santa Luzia, e atualmente Santa Luz. Filho de Hildebrando Borges Barros e Militina Pereira de Barros e neto da primeira professora da cidade, a senhora Tarcilina Borges da Conceição Barros. Em 1969 casou-se com a senhora Regina Maria de Vasconcelos Barros e teve quatro filhos. O artista faleceu em 20 de abril de 1979 em Santaluz, vítima de enfarte no miocárdio. O artista, antes de se dedicar à atividade de pintura, exerceu a profissão de sapateiro e também se dedicou a música, integrou o grupo da Filarmônica do Lira Cultural onde tocava instrumentos de sopro, como flauta, clarinete e sax.

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