Santaluz: terceirizados recusam proposta da SEC e volta às aulas continua suspensa no Colégio Estadual José Leitão
O grupo gestor do Colégio Estadual José Leitão, em Santaluz, reuniu nove funcionários terceirizados [demitidos no dia 30 de junho após o fim dos contratos com as empresas responsáveis pela contratação] e o colegiado escolar (gestor, professores, funcionários, estudantes, responsáveis pelos estudantes), na manhã desta terça-feira (5), nas dependências da escola, para propor um acordo de volta ao trabalho indicado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC). O órgão propõe que os servidores de apoio (secretários, auxiliares de serviços gerais e merendeiras) retornem às atividades enquanto aguardam a liberação dos contratos com as empresas vencedoras da licitação realizada pela Secretaria da Administração do Estado (SAEB). Após terem se reunido para avaliar o acordo, os funcionários [que cobram três meses de salários e vales-refeição atrasados, além de FGTS] decidiram não aceitar a proposta e, com isso, o retorno às aulas após o recesso junino, marcado para esta segunda-feira (4), continua suspenso.
“A gente até entende o problema enfrentado pelos funcionários, e somos solidários com eles, mas também estamos preocupados com a nossa situação, pois isso pode acarretar em prejuízo para nós no decorrer do ano letivo”, disse a estudante Mônica Risoleta, 16 anos. Pai de dois alunos e membro do colegiado escolar, o técnico em instalação Paulo Pereira Mota, 39 anos, diz que também se preocupa com o estudo dos filhos, mas apoia a decisão dos funcionários. “Em um momento como esse deve prevalecer o direito do coletivo. Não é justo que os funcionários voltem ao trabalho sem nenhuma garantia de que serão readmitidos formalmente e ainda com salários atrasados”, declara.
O professor Ananias Francisco Cruz Filho, diretor da unidade de ensino, explica que uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (7), para reavaliar a situação. Conforme o gestor, uma comissão formada por representantes do colegiado e dos funcionários pretende ir à Salvador ainda nessa semana para dialogar com a Secretaria da Educação. “Não temos condição de receber os alunos com a escola do jeito que está, mas estamos fazendo o possível para intermediar o diálogo entre os funcionários terceirizados e a secretaria para solucionar o impasse o mais rápido possível”, disse Ananias. O Notícias de Santaluz entrou em contato com o Núcleo Regional de Educação (NRE) – por telefone – mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
Redação Notícias de Santaluz
E correto os funcionários e membros lutarem pelos seus direitos.E como fica os alunos?