‘Se eu perder, sou carta fora do baralho’, diz Dilma sobre impeachment
A presidente Dilma Rousseff (PT) declarou, pela primeira vez, o que deve acontecer após a votação do processo de impeachment, que está prevista para este domingo (17). Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto, a petista disse estar confiante em uma vitória na Câmara dos Deputados e que, se isso ocorrer, vai propor um amplo pacto nacional com todas as forças políticas, inclusive a oposição. Questionada sobre o que vai acontecer caso ela perca na votação, Dilma apenas disse: “Se eu perder, sou carta fora do baralho”. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o encontro com jornalistas durou mais de duas horas e a presidente mostrou tranquilidade e até bom humor. Ela defendeu que vai lutar até o fim pela manutenção do mandato em todas as instâncias possíveis e descartou a possibilidade de renunciar, como fez o ex-presidente Fernando Collor em 1992 antes do processo chegar ao Senado. “O governo vai lutar até o último minuto do último tempo por uma coisa que acreditamos que seja factível, que é ganhar contra esta tentativa de golpe que estão tentando colocar contra nós através de um relatório que é uma fraude”, afirmou a presidente. Dilma não descartou a possibilidade de recorrer ao Judiciário em caso de derrota no Congresso, e citou falhas no rito do impeachment. Ao final do encontro, Dilma foi perguntada sobre seus planos para o futuro, se conseguir terminar o mandato. “Vou embora para a minha casa em Porto Alegre. Tenho direito à aposentadoria”, resumiu.