Teoria de fuga do vírus de laboratório chinês é pouco provável, afirma especialista da OMS
O líder da equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) que investiga a origem da pandemia em Wuhan, no centro da China, Peter Ben Embarek, classificou, nesta quinta-feira (4), como pouco provável que o coronavírus tenha saído de um laboratório. Para ele, esta é uma tese que seria um “excelente roteiro” para um filme. Ele integra a equipe de 10 especialistas da OMS que chegou à China em janeiro para investigar a origem da Covid-19.
De acordo com o G1, a equipe visitou, na quarta-feira, o Instituto de Virologia de Wuhan. Segundo algumas acusações e o ex-presidente americano Donald Trump, o vírus teria saído de dentro deste instituto, por acidente ou não. Este é o local mais polêmico visitado até o momento pela equipe.
“Se começarmos a seguir e perseguir fantasmas aqui e em outros lugares, nunca vamos chegar a lugar nenhum”, disse Ben Embarek por telefone de Pequim.
Segundo o especialista, a visita ao instituto foi “um passo importante [para] entender de onde vêm estas histórias”, segundo o especialista em segurança alimentar, que trabalhou para a OMS em Pequim no início da década de 2010.
“E conseguimos, de forma racional […] explicar por que algumas delas [dessas histórias] são totalmente irracionais, por que algumas delas podem fazer sentido, e por que algumas delas podem ser explicadas ou não”, disse.
O Instituto de Virologia de Wuhan tem, desde 2012, um laboratório de alta segurança P4 para patógenos muito perigosos, que abriga cepas de vírus como o do ebola, que a OMS conseguiu visitar.