Vereador é afastado por 30 dias após ser flagrado enquanto agredia servidora de prefeitura na Bahia
Por g1 BA e TV São Francisco
O vereador Valnei dos Anjos (PC do B) foi afastado por 30 dias depois de ser denunciado por agredir a diretora de comunicação da prefeitura de Jacobina, no norte da Bahia. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (9), em audiência na Câmara Municipal, e o prazo pode ser prorrogado pelo mesmo período.
A determinação ocorreu a pedido da Comissão de Justiça do Legislativo, depois que o vereador foi flagrado por câmeras de segurança enquanto puxava a mulher pelo braço e a empurrava durante um desentendimento entre os dois.
Três mulheres moradoras da cidade entraram com representação na Câmara Municipal contra Valnei e o pedido foi acatado pela mesa diretora da Casa.
O caso aconteceu no domingo (5), mas a situação só veio à tona na terça-feira (7), quando um vídeo viralizou nas redes sociais.
Valnei estava no Arraiá de Santo Antônio, quando esbarrou no pé da mulher, que trabalhava no evento. Ela reclamou com ele, e uma discussão entre os dois foi iniciada.
O vereador então passou a agredir a vítima com xingamentos, empurrões e depois deu um soco na cabeça dela. Nas imagens, duas viaturas da Guarda Municipal de Jacobina podem ser observadas no local e três agentes veem a agressão, mas só se aproximam do vereador depois que outras pessoas já o seguravam.
Após agredir a funcionária pública, o vereador é levado por outras duas mulheres, amparado, como se estivesse alcoolizado.
O g1 disse que na ocasião procurou o vereador e ele informou que iria se manifestar através de nota. Posteriormente, Valnei publicou nas redes sociais que era inocente – mesmo com as imagens mostrando a agressão.
Na mesma postagem, ele informou que “sempre foi norteado pelo respeito à mulher”, e que está à disposição das autoridades.
O núcleo da Comissão de Defesa da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jacobina emitiu uma nota de repúdio sobre a agressão.
A mesa diretora da Câmara de Vereadores disse que espera apuração dos órgãos competentes para tomar medidas administrativas e judiciais contra o vereador. Assim como a OAB, que afirmou que também repudia qualquer ato de violência contra as mulheres.