Vereadores derrubam veto do prefeito de Santaluz e garantem R$ 100 para estudantes da EJA; prefeitura avalia acionar a Justiça

A novela da Bolsa EJA ganhou um novo capítulo em Santaluz. Depois de semanas de debates, idas e vindas, a Câmara Municipal derrubou, nesta segunda-feira (14), o veto do prefeito Arismário Barbosa Júnior e confirmou: o valor do benefício vai ser mesmo de R$ 100.
A proposta original da prefeitura era pagar R$ 75 por mês para estudantes da Educação de Jovens e Adultos, mas sete vereadores discordaram e apresentaram uma emenda para aumentar esse valor. Na votação desta segunda, eles mantiveram a posição: Jó, Sérgio Suzart, Jeová da Serra Branca, Paulão, Higor de Paulo, Peu e Milson do Pereira disseram sim ao reajuste, com o argumento de que os R$ 100 fariam muito mais diferença na vida de quem está tentando voltar a estudar.
Do outro lado, os vereadores Pedro do Salão, Juninho Sacramento, Vanvan do Mucambinho, Santinho e Luizão votaram para manter o veto e defenderam os R$ 75 propostos pelo prefeito. Louro do Rio Verde, que também era contra o aumento, chegou a estar na Câmara, mas deixou o prédio antes da sessão começar e não votou.
Agora que o veto foi derrubado, o projeto segue para promulgação — ou seja, a proposta aprovada pelos vereadores vai virar lei oficialmente. A expectativa é que, depois disso, a prefeitura regulamente os detalhes e inicie o pagamento do benefício.
Mas a história pode ainda não ter chegado ao fim. A reportagem apurou que o prefeito Arismário avalia acionar a Justiça para tentar barrar o pagamento dos R$ 100.
A dúvida agora é se o prefeito vai mesmo levar a disputa para os tribunais — e, principalmente, de que lado a Justiça vai ficar nessa história. Mesmo com a decisão da maioria dos vereadores, o futuro do pagamento no valor de R$ 100 ainda pode depender de uma nova batalha, dessa vez no campo jurídico — o que, na prática, pode colocar a gestão municipal de um lado e os interesses da população do outro.
E, mesmo que a prefeitura decida acionar a Justiça, deverá começar a pagar os R$ 100 até que a situação seja resolvida.
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