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Foto: Estação FM

Os vereadores Edvaldo Góes da Silva (Edinho da Lagoa dos Bois), Renígio de Matos Reis (Renígio do Serrote) e Neilton Belarmino Amambahy (Neitinho do Nélio) participaram, nesta quinta-feira (3), do programa Estação Notícias, da rádio Estação FM, e comentaram os bastidores da atual legislatura, a relação com o Executivo municipal e os reflexos da eleição de 2024, marcada por forte polarização e uma diferença apertada entre os dois grupos políticos que disputaram o comando da prefeitura.

Presidente da Câmara e no terceiro mandato, Edinho destacou que, apesar de a Casa ter hoje maioria de oposição — com cinco dos nove vereadores —, o ambiente político tem sido pautado por responsabilidade institucional. “A gente tem uma base de oposição formada por cinco vereadores, mas isso não significa ruptura institucional. O que eu defendo como presidente é equilíbrio. Quando chegou o projeto do piso do magistério, por exemplo, o entendimento foi coletivo. Chamei sessões extraordinárias porque entendi que era uma pauta que precisava andar rápido. E andou, com aprovação unânime. O que a gente não pode fazer é travar o município por conta de disputa política”, afirmou.

O projeto do piso salarial do magistério foi encaminhado pela prefeitura no início do ano e teve tramitação acelerada a partir da articulação do Legislativo. O texto foi aprovado por unanimidade.

Para o vereador Renígio do Serrote, que está em seu primeiro mandato, o momento exige posicionamento, mas também diálogo com todos os setores. “Sou do meio rural e represento um povo que cobra resultado. Entrei no Legislativo com esse foco: fiscalizar, mas também construir. A oposição tem um papel claro, que é fazer o contraponto, sim, mas com responsabilidade. A eleição mostrou que o município está dividido, e cabe a gente respeitar isso. A população quer serviços funcionando, e não briga política. Esse é o meu compromisso no mandato”, afirmou.

Já Neitinho do Nélio, filho do primeiro prefeito de Nordestina após a emancipação, disse que carrega um legado familiar, mas quer focar no presente e no futuro. “Meu nome carrega uma história, e eu respeito muito isso. Mas hoje meu papel é olhar pra frente. A eleição do ano passado foi decidida por pouco mais de cem votos. Isso diz muito sobre o momento que Nordestina vive. A gente sabe que o grupo de oposição saiu fortalecido, mas precisa trabalhar com foco. Não é hora de vaidade. É hora de articulação, de organização e de escutar o que o povo quer. E o que o povo quer é resultado, não discurso vazio”, disse.

Nas eleições de 2024, o candidato da oposição, Jeosafá, obteve 4.307 votos, o equivalente a 49,35% dos votos válidos. A prefeita Eliete Andrade, reeleita, venceu com 4.420 votos, atingindo 50,65%. Para os vereadores, o resultado apertado reflete o momento político da cidade, dividido, mas atento às pautas públicas e à atuação dos representantes.

Nordestina tem 18.523 habitantes, segundo o último censo do IBGE, com boa parte da população vivendo na zona rural. Os vereadores reforçaram a importância de políticas públicas voltadas à agricultura, à infraestrutura e ao fortalecimento das associações comunitárias.

Segundo Edinho, o compromisso com as comunidades mais afastadas precisa ser permanente e planejado. “A gente vem de uma realidade rural e sabe das dificuldades. Não dá pra pensar em desenvolvimento sem olhar pra quem vive do campo. O fortalecimento das associações é essencial, porque são elas que fazem a ponte entre o poder público e a base. Nosso trabalho é garantir que essas demandas cheguem, sejam ouvidas e tenham resposta concreta”, afirmou.

“Então, a gente sabe da responsabilidade que tem. Nosso compromisso é com o povo de Nordestina, com quem vive na sede e com quem está na zona rural. Vamos seguir firmes, ouvindo, propondo e cobrando o que for necessário, sempre pensando no coletivo e no futuro da nossa cidade”, concluiu o presidente da Câmara.

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