Vereadores Peu e Paulão destinam R$ 150 mil para cuidar melhor de autistas em Santaluz

O anúncio foi feito durante a sessão da Câmara Municipal realizada nesta quarta-feira (2), Dia Mundial da Conscientização do Autismo | Foto: Notícias de Santaluz
Nesta quarta-feira (2), Dia Mundial da Conscientização do Autismo, a sessão da Câmara de Santaluz foi diferente. Teve discurso emocionante, presença marcante de quem vive essa realidade todos os dias — como assistidos e voluntários da Apae — e também de membros da Associação de Pais e Amigos dos Autistas Luzenses (Apaaluz). Mas, acima de tudo, teve compromisso transformado em ação.
Os vereadores Peu (PSD) e Paulão (União Brasil) anunciaram a destinação de R$ 150 mil, por meio de emendas impositivas, para que a Prefeitura contrate profissionais especializados no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A verba vai permitir que o município traga para a rede pública psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicomotricistas, psicopedagogos e neuropediatras.
Além deles, os outros 11 vereadores também apresentaram indicações de emendas impositivas, contemplando diversas áreas. A medida faz parte da execução do orçamento municipal de 2025 e permite que os parlamentares atendam demandas diretas da população.
Para quem não está acostumado com o termo, emenda impositiva é um tipo de ferramenta que permite aos vereadores escolherem onde parte do dinheiro do orçamento deve ser investido — e o município tem que cumprir. Ou seja, é um jeito de garantir que demandas reais da população não fiquem só no discurso.
O vereador Peu falou com emoção. “A gente convive com essas famílias, com essas crianças. Sabemos da luta, das filas, da dificuldade para conseguir um laudo ou um acompanhamento adequado. Isso aqui não é favor, é dever. E nesse dia simbólico, a gente está dizendo: vocês não estão sozinhos. Estamos fazendo a nossa parte para construir uma rede de apoio de verdade, com profissionais que entendam, que acolham, que façam a diferença na vida dessas pessoas”, disse.
Paulão também fez questão de reforçar o impacto da iniciativa. “O autismo não tem cara, não tem classe social, não escolhe família. E é por isso que a resposta precisa ser pública, acessível e eficiente. Esse recurso é só o começo. O que estamos garantindo aqui é dignidade. São crianças e adultos que vão poder ter um diagnóstico mais rápido, um tratamento mais assertivo, menos sofrimento. E famílias que vão ter mais esperança”, declarou.
A Secretaria Municipal de Saúde será a responsável por estruturar o atendimento e contratar os profissionais. A expectativa é que o serviço comece a ser implantado ainda neste ano. Até lá, a mobilização segue — dentro e fora do plenário — para transformar direitos em realidade.
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