2014 05 30 Operao Vesuvio

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Ubatã, Caravelas, Itabuna, Ibirapitanga e Ipiaú | Foto: Divulgação

Uma organização que atuava no ramo de distribuição de alimentos e postos de combustíveis começou a ser desarticulada na manhã desta sexta-feira (30), nos municípios de Ubatã, Caravelas, Itabuna, Ibirapitanga e Ipiaú, no sul e extremo sul da Bahia. Com mandados de prisão, busca e apreensão, a Operação Vesúvio visa desarticular o grupo que vem praticando fraudes fiscais com prejuízos que já somam R$ 90,5 milhões para a Fazenda Estadual. Uma pessoa já foi presa e mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos nos municípios. Segundo informações do Gaesf, sete integrantes da organização criminosa estão foragidos e continuam sendo procurados. Eles são acusados de constituir e/ou comprar empresas em nomes de familiares e de empregados de empresas do grupo; simular sucessivas alterações nos contratos sociais das empresas, com o objetivo de modificar os quadros societários e confundir a fiscalização; administrar empresas do grupo através de procurações. Além disso, há indícios de blindagem patrimonial, através de doação de bens a familiares, com o propósito de evitar o alcance da execução de créditos tributários constituídos junto às esferas governamentais.

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Dezenas de aparelhos celulares foram apreendidos durante a operação | Foto: Divulgação

Após denúncias recebidas pela Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA), foram constatados indícios de sonegação fiscal e interposição fictícia de pessoas na constituição de empresas pela organização investigada. Já foram identificadas 41 empresas pertencentes ao grupo liderado por um empresário cujo patrimônio reúne 48 imóveis, entre fazendas, terrenos, casas e pontos comerciais, além das empresas. Segundo informações da Sefaz-BA, o empresário já foi denunciado pelo Ministério Público Federal e responde a processo de crime contra a ordem tributária na Vara Federal de Jequié. Ele mantinha familiares como sócios em suas empresas, entre os quais esposa, irmãos e filhos, e ainda empregados e terceiros. A identidade dos suspeitos não foi revelada.

A Operação Vesúvio foi desencadeada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular e Conexos (Gaesf); secretarias da Fazenda (Sefaz) e de Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap); e Procuradoria- Geral do Estado, via Procuradoria Fiscal.

Redação Notícias de Santaluz

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