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Ato em defesa da política de Convivência com o Semiárido reúne cerca de 600 pessoas em Santaluz

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Foto: Notícias de Santaluz

Cerca de 600 pessoas participaram de um ato organizado pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC) em defesa da política de Convivência com o Semiárido, na manhã deste sábado (18), em Santaluz. Temas como Reforma Agrária, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), Agroecologia e Convivência com o Semiárido, além do fim dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social, foram debatidos por representantes de organizações presentes no Auditório Lindaura Carneiro de Araújo (Cenos). O evento contou ainda com a participação da deputada estadual Fátima Nunes (PT).

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Foto: Notícias de Santaluz

Para o representante da Cooperativa de Crédito Ascoob Itapicuru, Robson Sena, o evento foi importante para esclarecer a população na luta pelos seus direitos. “Reunimos gente dos quatro cantos de Santaluz, para alertar a essas pessoas sobre os direitos que eles podem perder. O povo do nordeste precisa acordar e lutar pela continuação de direitos adquiridos durante um governo popular, e que agora essa classe de políticos corruptos que estão aí no poder através de um golpe, usa o pretexto de que o país está ‘quebrado’ para tirar de nós esses direitos. Entretanto, se a gente ficar em casa, gritando fora Temer e torcendo que as coisas aconteçam pela televisão, não vamos chegar a lugar nenhum”, disse Robson.

Segundo a coordenadora pedagógica do MOC, Vandalva Oliveira, o evento foi também um espaço para as organizações denunciarem e repudiarem as ameaças aos direitos humanos dos povos do Semiárido. “Ameaças advindas do prenúncio de interrupções políticas públicas que hoje asseguram a melhoria de vida da população do campo”, enfatiza. “O MOC e parceiros continuarão em marcha com o povo para defender a democracia e seus princípios éticos. O mundo justo e solidário que cremos ser possível é uma construção diária, feita a muitas mãos, mentes e corações”, conclui Vandalva.

Redação Notícias de Santaluz

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comentário(s)

1 resposta para “Ato em defesa da política de Convivência com o Semiárido reúne cerca de 600 pessoas em Santaluz”

  • JOSE PLINIO DE OLIVEIRA says:

    O convívio com o Semiárido sempre me convence de ser um dos temas mais oportunos e mais indispensáveis dos grandes debates do Sertão de Canudos; principalmente. Não sou especialista nas áreas agrotécnicas e agroecológicas, mas sou estudioso de temas caatingueiros.
    Nos últimos tempos, estive pensando que nós somente nos queixamos do Sol e nos concentramos em culturas que dependem de chuvas porque fomos colonizados por indivíduos europeus, portanto, habituados a densas incidências pluviométricas em suas terras de origem. Entretanto, se tivéssemos sido colonizados por povos árabes ou judeus, que vivem em regiões áridas e produzem grandes quantidades de alimentos agrícolas; e nós vivemos no contexto do Semiárido; jamais reclamaríamos da falta de chuvas. Deus me defenda! Mas as vezes sou levado a pensar que a estiagem pode ser também uma questão cultural tão forte e de interesse macabro da Indústria da Seca que não cuidamos adequadamente dos nossos espaços hídricos como devíamos. Por exemplo: pensemos um pouco no Açude da Tapera, aí em Santa Luz. O que é feito em termos de ciência para o seu tratamento, ecológico e aproveitamento sustentável de suas potencialidades? O que se tem feito na mesma perspectiva para a preservação de outras barragens existentes neste contexto do Semiárido Baiano? O que impede os poderes públicos de trabalhar a revitalização das bacias hidrográficas do Rio do Peixe, do Rio Itapicuru, do Jacurici, do Cariacá e do Vaza-Barris? Será que para tanto devemos esperar somente pelas Graças de São Pedro?

    José Plínio de Oliveira

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