O delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), afirmou, na tarde desta terça-feira (6), que o melhor amigo de Marcelo disse, em depoimento, que o garoto já tinha falado algumas vezes em matar os pais, roubar o carro deles e se tornar matador de aluguel.

O inquérito não está concluído, de acordo com Itagiba, mas tudo leva a crer que o filho do casal de PMs premeditou a chacina. Em depoimento, uma professora de Marcelo contou ter tido uma conversa com o garoto, na qual ele a indagou se ela alguma vez havia dirigido o carro dos pais e feito algo contra eles. Tal conversa foi “muito estranha”, de acordo com a professora.

— Ele já vinha se preparando, embora de uma forma bem silenciosa, para alguma coisa.

Os corpos de Marcelo e dos pais foram enterrados no fim desta tarde na cidade de Rio Claro, no interior do Estado. A avó e a irmã dela foram sepultadas em um cemitério na capital paulista.

Câmeras de segurança de um prédio próximo à escola onde o Marcelo Eduardo Pesseghini estudava o flagraram saindo do carro da família e indo para a aula, pouco depois das 6h de segunda-feira (5). Para a polícia, ele permaneceu no veículo por cerca de quatro horas, logo após assassinar os pais — o casal de policiais militares Luis Eduardo e Andréia Pesseghini —, a avó e a tia-avó. O adolescente é o principal suspeito dos crimes. (R7)

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