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:: ‘Destaque2’

Estudo indica que quase 15% dos estudantes brasileiros são vítimas de violência sexual antes dos 18 anos

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um levantamento realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que a violência sexual tem elevada prevalência entre estudantes de 13 a 17 anos no Brasil. De acordo com os dados, divulgados na última terça-feira (14), 14,6% relataram já ter sofrido abuso sexual alguma vez na vida e 6,3% relataram já ter sofrido estupro.

A análise da UFMG utilizou informações da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), de 2019, realizada em escolas públicas e privadas do Brasil, com 159.245 adolescentes de 13 a 17 anos.

Como noticiou a CNN, nessa edição do levantamento, as questões sobre violência sexual foram reformuladas, com detalhamento das vivências de abuso e de estupro, e também foi acrescentada uma pergunta para que o adolescente identificasse o responsável pelas violências.

O estudo traz definições acerca do que é violência sexual. De forma ampla, o termo diz respeito a qualquer ação na qual uma pessoa obriga a outra a ter, presenciar ou participar de alguma maneira de interações sexuais, valendo-se de uma posição de poder ou fazendo uso de força física, coerção, intimidação ou influência psicológica.

Ela se distingue em dois tipos: o abuso sexual e o estupro. Estupro seria a situação em que “alguém ameaçou, intimidou ou obrigou a ter relações sexuais ou qualquer outro ato sexual contra a sua vontade”, enquanto o abuso sexual é definido como a situação em que “alguém o(a) tocou, manipulou, beijou ou expôs partes do corpo contra a sua vontade”.

Os pesquisadores da UFMG identificaram que as maiores prevalências de violência sexual ocorrem com adolescentes do sexo feminino, da faixa etária de 16 e 17 anos, informa o estudo. Além disso, a pesquisa conclui que as agressões são, em sua maior parte, de pessoas do núcleo familiar e das relações íntimas e de afeto da vítima.

Segundo a pesquisa, os agressores mais comuns, tanto para o abuso sexual quanto para o estupro, foram namorado, ex-namorado ou ficante. Além disso, entre os escolares que sofreram estupro, mais da metade relatou ter sido vítima dessa violência antes dos 13 anos de idade.

Mulher trans é morta a tiros dentro de casa no interior da Bahia

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Por g1 BA e TV São Francisco

Mulher trans é morta a tiros dentro de casa no norte da Bahia | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma mulher trans, conhecida como Laila, de 27 anos, foi morta a tiros dentro de uma casa, na noite de quinta-feira (16), na cidade de Jaguarari, no norte da Bahia. Segundo a Polícia Civil do município, ainda não se sabe a motivação do crime, já que ela foi encontrada sozinha no imóvel. Laila chegou a ser socorrida por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para o Hospital Municipal de Jaguarari, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia investiga a autoria do assassinato.

Nova regra fiscal vai expor queda de braço no governo

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Por blog da Julia Duailibi

Fotos: Evaristo Sá/AFP; Marcelo Camargo/Agência Brasil

A aguardada reunião sobre o novo arcabouço fiscal com o presidente Lula vai expor uma queda de braço cada vez menos discreta entre os ministérios da Fazenda e da Casa Civil.

Integrantes da equipe econômica temem que a nova regra seja bombardeada por Rui Costa, hoje considerado o homem mais forte do governo e colecionando, a ritmo acelerado, inimigos na Esplanada.

Há expectativa sobre o grau de afrouxamento e exceções para investimento, que devem ser demandadas pela Casa Civil.

Os detalhes da nova regra serão apresentados na tarde desta sexta-feira, mas já se sabe que ela deve propor um crescimento menor das despesas em relação ao crescimento da arrecadação, zerar o déficit fiscal em 2024 e um mecanismo anticíclico, que permitiria mais afrouxamento da regra de gastos em tempos de baixo crescimento.

A Fazenda costurou estratégias nos últimos dias diante da visão de que a Casa Civil seria o polo de maior resistência.

Fecharam o apoio de outros ministros ao novo ordenamento (Geraldo Alckmin e Simone Tebet receberam exposições sobre os detalhes da regra antes de seus pares e, inclusive, antes do presidente), costuraram o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, que nos últimos dias virou fã número 1 de Haddad, e articularam a apresentação a Lula antes de expor a regra à Junta Orçamentária na semana que vem.

Nessa reunião, a Casa Civil chegaria com aliados na discussão, em razão do alinhamento, pelo menos programático, com Esther Dweck (Gestão).

‘Já caiu o preço da picanha?’, pergunta Lula durante brincadeira com criança em evento

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Por g1

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) brincou com uma criança durante cerimônia na sede da hidrelétrica Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Abordado por um menino, Lula perguntou a ele se o preço da picanha já havia caído no Brasil.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da carne vermelha no Brasil recuou 1,22% em fevereiro, a maior queda nos últimos 15 meses.

Durante a campanha à presidência da República, Lula disse várias vezes que, se fosse eleito, o povo voltaria a comer picanha e a tomar cerveja aos finais de semana. As falas foram alvo de críticas de adversários.

Lula brincou com o garoto durante cerimônia de posse do ex-deputado federal Enio Verri (PT-PR) como novo diretor-geral brasileiro da hidrelétrica Itaipu Binacional. O evento ocorreu em Foz do Iguaçu (PR).

O presidente do Brasil discursava quando foi interrompido por um menino, que falou algo sobre o preço da picanha.

O petista, então, perguntou ao garoto em tom de brincadeira: “Já caiu o preço da picanha?”.

A plateia riu e aplaudiu. Na sequência, Lula explicou a brincadeira ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que estava presente ao evento.

“Para o presidente do Paraguai entender, eu, durante a minha campanha, eu dizia que o povo brasileiro ia voltar a comer carne, que o povo brasileiro ia voltar a comer picanha. Cadê esse garoto? Pode ficar certo que, quando o pai dele comprar a primeira picanha, ele vai ter que me ligar e falar: ‘Oh, Lula, estou comendo a primeira picanha'”, afirmou o petista.

“Porque vai baixar o preço da carne neste país. Precisa baixar. Vamos dar um tempo aí, também porque as coisas não podem acontecer do dia para a noite”, completou Lula.

Jovem é preso suspeito de agredir ex-companheira com cabo usado para carregar celulares

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Por g1 BA

Crime é investigado na Delegacia de Eunápolis, na Bahia | Foto: Reprodução/Google Maps

Um jovem de 20 anos foi preso em flagrante suspeito de agredir a ex-companheira com um cabo usado para carregar celulares, na madrugada desta quarta-feira (15), na cidade de Itapebi, no sul da Bahia. Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi levado para a Delegacia Territorial (DT) de Eunápolis, onde foi autuado por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica e por descumprimento de medida protetiva de urgência. Não há informações sobre o estado de saúde da vítima.

Homem é preso por suspeita de agredir esposa e atear fogo na casa onde vivia com a vítima na Bahia

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Por g1 BA e TV Sudoeste

Carro pipa foi chamado para debelar fogo | Foto: Polícia Militar da Bahia

Um homem foi preso por suspeita de bater na esposa e atear fogo na própria casa em Piripá, no sudoeste da Bahia. Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu na noite de domingo (13) e o suspeito já foi encaminhado ao Conjunto Penal de Vitória da Conquista, também no sudoeste do estado.

Conforme foi informado pela PM, os agentes faziam rondas no bairro Califórnia, quando foram acionados para o caso. Vizinhos da vítima contaram à polícia que o casal brigou, ele agrediu a mulher e depois colocou fogo na casa onde os dois viviam juntos.

Quando a polícia chegou no local, a casa estava em chamas e o casal ainda estava no imóvel. Foi preciso a ajuda dos vizinhos e um caminhão-pipa para o fogo ser debelado.

A vítima foi encontrada com ferimentos causados pelas agressões. Não se sabe se ela foi encaminhada para alguma unidade de saúde, nem o estado de saúde dela.

O suspeito foi preso em flagrante e responderá por violência doméstica e incêndio criminoso.

Congresso terá valor recorde de emendas com Lula, que ainda busca ter base sólida

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Por Folhapress

Pacheco, Lula e Lira no dia da posse do presidente da República | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Após o fim das chamadas emendas de relator, usadas como moeda de troca no governo Jair Bolsonaro (PL), o Congresso Nacional negociou com o PT, alterou o Orçamento e terá um valor recorde em emendas neste ano. São R$ 46,3 bilhões para os parlamentares.

Os números vultosos para atender a projetos de parlamentares não garantiram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a formação de uma base de apoio sólida no Congresso. Sinalizam um estreitamento na margem de negociação do Executivo, com deputados e senadores menos dependentes do Palácio do Planalto para executar obras em seus redutos eleitorais.

Os recursos para 2023 superam o montante de 2020, ano de ampliação dos gastos públicos por causa da pandemia. Os valores inéditos foram obtidos neste ano apesar de o STF (Supremo Tribunal Federal) ter banido o uso das emendas de relator no fim de 2022, alegando inconstitucionalidade nesse tipo de despesa.

Havia R$ 19,4 bilhões em emendas desse tipo para serem distribuídas pela cúpula do Congresso em negociações políticas em 2023. Surpreendidos pela decisão da corte, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes do centrão passaram a costurar um acordo com Lula.

Na prática, o resultado é que o Congresso manteve o controle sobre todo o dinheiro que iria para as emendas extintas pelo Supremo.

Uma parte da verba foi usada para inflar as emendas individuais —a que todo deputado e senador tem direito. A outra fatia passou para as mãos dos ministérios de Lula.

O PT apresentou esse acordo como uma divisão igualitária. No entanto, articuladores políticos do governo admitem, nos bastidores, que os R$ 9,8 bilhões que foram herdados pelos ministérios após a decisão do STF serão usados para atender pedidos de parlamentares —ou seja, como se fossem emendas também.

O governo não é obrigado a executar esses R$ 9,8 bilhões segundo os pleitos de membros da Câmara e do Senado.

Mas, para tentar ampliar o apoio de Lula no Congresso, o Palácio do Planalto já prevê usar parte do dinheiro para cumprir promessas de emendas feitas por Lira para se reeleger à Câmara e acordos políticos feitos no ano passado, antes da decisão do STF.

Além de manter poder sobre os recursos das emendas de relator, o Congresso ainda turbinou outro mecanismo: as emendas de comissão.

Esse tipo de recurso saltou de cerca de R$ 400 milhões no ano passado para cerca de R$ 7,6 bilhões. Isso significa que a cúpula da Câmara e do Senado assegurou mais uma fatia do Orçamento para os interesses parlamentares. Foi uma reação à decisão do STF, dizem integrantes influentes do Legislativo.

O dinheiro será dividido segundo alianças políticas, e a operação será comandada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento e presidente de uma comissão que detém quase todo o bolo dessas emendas.

Na última segunda-feira (6), Lira expôs a fragilidade das alianças políticas do petista em conversa com empresários. Afirmou que Lula foi eleito democraticamente, mas com uma margem mínima.

Ele disse ainda que o governo não tem votos para aprovar leis por maioria simples, muito menos para avançar em propostas constitucionais, como é o caso da reforma tributária —uma das prioridades do governo para 2023.

Para tentar ampliar sua base no Congresso, o Palácio do Planalto tem oferecido também cargos de segundo e terceiro escalão, principalmente, a deputados.

Apesar de Lula ter dado ministérios a partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil, parlamentares dessas siglas ainda não firmaram uma aliança sólida com o governo.

Essa operação tem sido comandada pelo ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).

Integrantes do Planalto reconhecem que a reconstrução da base é mais difícil diante de um Congresso eleito mais à direita e com líderes que foram alinhados a Bolsonaro.

Há queixas no Congresso sobre a demora na liberação de indicações políticas para cargos no governo. Mas, segundo auxiliares de Lula, a estratégia é atender aos pedidos de acordo com a necessidade de aprovar propostas de interesse do Planalto no Congresso.

No caso das emendas, quase metade da verba reservada para parlamentares é de emendas individuais. Elas somam R$ 21,2 bilhões neste ano e são divididas igualmente entre todos os deputados (R$ 32 milhões para cada um) e entre senadores (R$ 59 milhões).

Esses valores representam um forte aumento em relação ao padrão das emendas individuais de anos anteriores. Em 2021 e 2022, por exemplo, eram de aproximadamente R$ 18 milhões por parlamentar, com valores iguais para deputados e senadores.

Isso foi resultado da negociação com Lula no fim do ano passado em relação à divisão da verba das extintas emendas de relator. Como os senadores tinham uma cota maior no mecanismo amplamente usado no governo Bolsonaro, eles passaram a ter direito a um valor maior.

As individuais, que agora foram infladas, são de execução obrigatória. Isso significa que o governo precisa realizar os projetos e obras indicados pelo congressista, mesmo que ele seja da oposição.

O Planalto tem pouca margem de manobra com essa verba. Consegue, por exemplo, priorizar emendas de aliados e deixar as de opositores para dezembro, ou seja, o pagamento fica para o ano seguinte.

Além disso, o plano de articuladores políticos é apresentar projetos de cada ministério para tentar convencer deputados e senadores que usem as emendas (individual, de bancada estadual, de comissão ou dos R$ 9,8 bilhões reservados a eles) em políticas públicas do governo Lula.

Dessa forma, manteria o crédito ao parlamentar, que continuaria como padrinho da iniciativa no próprio reduto eleitoral.

Ônibus estacionados em pátio de rodoviária pegam fogo em cidade na Bahia

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Por g1 BA e TV Subaé

Ônibus estacionados em pátio de rodoviária pegam fogo em cidade na Bahia | Foto: Reprodução/TV Bahia

Ao menos três ônibus foram destruídos por um incêndio no pátio da rodoviária de Amargosa, Recôncavo Baiano, na noite de quinta-feira (9). Não houve registro de feridos, porque os coletivos estavam vazios.

Imagens gravadas por moradores no local mostram o momento em que o fogo consumiu os veículos. Na gravação é possível ver chamas altas e uma densa nuvem de fumaça que tomou conta no local. As chamas foram controladas após uma hora de trabalho dos bombeiros.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal estiveram no local e precisaram afastar pessoas que queriam chegar perto do fogo por curiosidade. Ainda não se sabe o que causou o incêndio, se o fogo foi acidental ou provocado. A Polícia Civil já começou a investigar o caso.

Farmacêutico é preso por importunação sexual após lamber nádegas de jovem antes de aplicar injeção

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Por g1 DF e TV Globo

Fachada da 38ª Delegacia de Polícia, em Vicente Pires, no DF | Foto: Google/Reprodução

Um farmacêutico de 33 anos foi preso na quarta-feira (8) depois de lamber o glúteo de uma mulher de 21 anos de idade, em Vicente Pires, no Distrito Federal. O caso é investigado pela 38ª Delegacia de Polícia como importunação sexual.

De acordo com a vítima, ela tem costume de ir até a farmácia tomar injeção anticoncepcional. No entanto, segundo ela, não conhecia o funcionário. Após entrar na sala e abaixar um pouco a calça, ela afirma que o farmacêutico pediu que ela se virasse para a parede.

O autor teria, então, inserido a seringa no glúteo da vítima e, sem que fosse feita a inserção do medicamento, passado a língua no local, segundo a vítima. Em seguida, ele retirou a seringa.

Constrangida, a jovem contou que saiu rapidamente da farmácia, sem observar se o medicamento havia sido aplicado corretamente. Ainda segundo o depoimento, a mãe da vítima foi até o local e o autor disse que ela teria abaixado a calça até o joelho.

O gerente afirmou para a mãe da vítima que outra funcionária da loja já havia feito reclamações sobre o comportamento do farmacêutico. Ele teria a chamado de “gostosa” e a olhava de “maneira invasiva”, a constrangendo, segundo a outra mulher.

Segundo a Polícia Civil, caso seja condenado, o homem pode cumprir pena de 1 a 5 anos de prisão.

Empresária que morreu de câncer conforta própria família com carta póstuma: ‘Minha hora chegou e tá tudo bem’

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Por g1 PR

Juliana Carvalho tinha 45 anos | Foto: Arquivo da família/Reprodução

“A minha hora chegou. E tá tudo bem, gente. Tive a oportunidade e o privilégio de me preparar pra ela. Me redescobrir e receber o melhor das pessoas. Essa é uma despedida honesta e, absolutamente, grata”.

Nas palavras inesperadas da empresária Juliana Carvalho Lopes, amigos e familiares encontram conforto para a partida dela. Antes de falecer para um câncer, ela deixou uma carta para ser lida na própria cerimônia de despedida.

O relato é, ao mesmo tempo, uma despedida, um desabafo e “uma aula”. Juliana fala sobre como passou a enxergar a vida depois do câncer.

“Meu objetivo, desde o meu diagnóstico foi desmistificar a doença, o processo e o fim da vida […] Eu vivi meus últimos anos com dignidade e alegria, apesar do câncer. E como eu sempre repetia – com todo respeito a toda dor e a maneira que cada um tem de lidar com seus perrengues – é possível, sim, ser feliz com câncer. Eu fui”, diz trecho da carta.

Para o marido de Juliana, Márcio Antunes, a esposa foi altruísta, mesmo debilitada pela doença, ao se preocupar em confortar os que ficaram.

Ele conta que a carta despertou nele um sentimento ambíguo, em que ao mesmo tempo que todos sentiam a partida de Juliana, se reconfortavam com as palavras dela.

“Ao mesmo tempo que a gente estava triste, a gente se sentiu reconfortado. Ao menos amenizou o sofrimento de saber que ela foi tranquila, foi em paz, e que ainda, naquela situação que ela estava vivendo, ela se preocupou em nos apoiar. Tem sido muito emocionante porque a gente vem vivenciando a leitura dessa carta no dia a dia”.

Juliana enfrentou um câncer de intestino. Depois de passar por oito procedimentos cirúrgicos para combater a doença, a empresária estava um quadro irreversível, realizando cuidados paliativos para tentar diminuir o avanço do câncer e amenizar a dor.

Pouco antes de falecer, em 4 de março, mesmo abatida pela doença, Juliana organizou uma grande festa para 150 pessoas. Foi em fevereiro, na segunda-feira de Carnaval. Márcio disse que para Juliana, aquela era a festa de despedida.

“Ela sempre encarou com a doença bastante tranquilidade. E nunca se lamentou a condição dela. O texto, além de tudo, é bastante verdadeiro […] É muita saudade que a gente vai sentir sempre, mas é tanta coisa boa que ela deixou que no dia a dia tem nos ajudado”.

Vida juntos

Juliana Carvalho Lopes e Márcio Antunes estavam juntos há 32 anos | Foto: Arquivo da família/Reprodução

Dos 45 anos vividos por Juliana, 32 foram ao lado de Márcio. Os dois se conheceram quando eram adolescentes, aos 14 e 16 anos, respectivamente. De Londrina, no norte do Paraná, eles tiveram dois filhos.

Márcio contou que a carta foi uma surpresa para ele e a família, mas que o objetivo do material fez jus ao estilo atencioso de Juliana.

“Sei, humildemente, que sentirão saudades da minha presença, das minhas patifarias, da nossa convivência, eu já estou… Mas espero que se apeguem as nossas pequenas lembranças, nossos momentos de alegria e risadas, nossas trocas”, diz a carta da paranaense.

Segundo Márcio, a carta deixada pela esposa foi enviada por e-mail para as irmãs dela, dias antes da Juliana falecer. Na mensagem, ela pedia que a família só abrisse a despedida após a partida dela.

Ele lembra que durante o tratamento, Juliana enfrentou a doença com determinação e coragem.

“Ela só chorou uma vez, no dia que recebeu o diagnóstico. No dia seguinte, ela falou pra mim: ‘não choro mais. Se eu tenho pouco para viver, eu não vou ficar morrendo todo dia. Eu vou me ocupar de viver’. Eu sempre soube que ela era forte, mas parece que enfrentar o câncer transformou ela em uma coisa muito maior. Tudo que ela tinha de potencialidade foi amplificado”.

‘Minha despedida’

Leia, abaixo, a carta de Juliana na íntegra:

“A minha hora chegou. E tá tudo bem, gente. Tive a oportunidade e o privilégio de me preparar pra ela. Me redescobrir e receber o melhor das pessoas. Essa é uma despedida honesta e, absolutamente, grata. A despedida de uma vida linda, cheia de sentido, de amor e das pessoas mais especiais que eu poderia ter tido o privilégio de conviver. Minha família, minhas amigas e amigos e tanta gente, que apesar da pouca intimidade, se fez tão presente, com gestos, palavras, orações, força.

Durante o tratamento, passei por muitas fases aqui dentro de mim. E, felizmente, encontrei as minhas próprias ferramentas psíquicas para lidar com o câncer e com as pessoas da minha vida. E fui sustentada pela força, o afeto, a parceria e o amor de vocês, cada um à sua maneira. E passei a tentar compreender os sentimentos e emoções das pessoas que me cercam, me atrevendo a entender e experimentar, da forma objetiva, racional, mas também, empática, o que sente o outro. Pra mim, funcionou, espero que pra vocês também. Uma certeza, morri cheia de gratidão no coração e cercada das melhores pessoas.

Aliás, se eu puder deixar um pedido, desmistifiquem o câncer ou outra doença grave. Desmistifiquem a morte, afinal, ela é o maior clichê da nossa vida. Meu objetivo, desde o meu diagnóstico foi desmistificar a doença, o processo e o fim da vida. Acho que funcionou, vocês entenderam e eu vivi os últimos anos com dignidade e alegria apesar do câncer. E como eu sempre repetia – com todo respeito a dor e a maneira que cada um tem de lidar com seus perrengues – é possível, sim, ser feliz com câncer. Eu fui.

Um recadinho para quem me acompanhou no trecho: Sei humildemente que sentirão saudades da minha presença, das minhas patifarias, da nossa convivência, eu já estou… Mas, espero que se apeguem as nossas pequenas lembranças, nossos momentos de alegria e risadas, nossas trocas. Construam nossas memórias. Espero ter deixado material pra isso. Para carregarem um pouquinho de mim em cada um de vocês (só a parte boa!), mas com alegria, sem drama. Vocês sabem que drama nunca foi meu forte.

Li, certa vez, que “o luto é o preço do amor”. Eu, só posso agradecer o tanto de amor que vocês me dedicaram. E desejar que vocês, meus amados e amadas, vivam esse luto, do jeito mais leve e alegre que vocês puderem, assim como eu levei a vida.

Sabe qual é a maior homenagem que vocês podem fazer a mim? É honrar as suas próprias vidas, com honestidade nas relações, alegria, integridade, empatia, amor e muita diversão, claro! Aliás, depois da minha despedida, se juntem e vão tomar um chopp, ouvindo um samba e falando bem de mim. O da minha mãe é escuro.

Eu deixo chorarem a minha partida, faz parte. Mas, acima de tudo, celebrem a minha vida. Estou em paz. Fiquem também”.



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