COLUNA DA NUTRICIONISTA – Dra. Calila Santiago
Alimentação e depressão
Jejum prolongado
Ficar muito tempo em jejum pode atrapalhar o funcionamento do organismo e favorecer a depressão. Esse hábito altera os níveis de glicose no sangue, podendo deixar a pessoa mais predisposta a ter depressão.
Eu recomendo se alimentar de três em três horas e incluir no cardápio alimentos fontes de triptofano, um tipo de aminoácido que ajuda na produção de serotonina. “Como a depressão está relacionada à baixa serotonina, o ideal é a pessoa ingerir maiores quantidades de triptofano, presente em frutas como banana, melancia, mamão e abacate”.
Baixos níveis de vitamina D
Níveis mais elevados de vitamina D estão associados a um declínio significativo do risco de depressão, em especial entre pessoas que já possuíam um histórico da doença. A vitamina D pode ser obtida pelo consumo de alimentos fonte do nutriente e pela exposição à luz solar.
Baixos níveis de vitamina D no corpo estão diretamente relacionados com a falta de exposição ao sol, já que o nutriente é sintetizado pelo nosso corpo quando estamos expostos à luz solar. “Quando você toma sol, ocorre a liberação de alguns hormônios, como cortisol, que contribui para o alívio do estresse e da ansiedade, além de regular outros hormônios essenciais ao bem-estar físico e mental.” Bastam 10 á 15 minutos de contato com a luz do sol, de duas a três vezes por semana, evitando a exposição entre as 10h e 16h, para obter tais benefícios. Os principais alimentos fontes de vitamina D são sardinha, ovos, fígado de boi e iogurte.
Muita gordura trans pode afetar os neurônios
O consumo exagerado de gorduras trans está diretamente relacionado a um maior risco de depressão.
“Isso acontece porque o excesso de gorduras trans e saturadas em nosso organismo aumentam a produção de citocinas, moléculas pró-inflamatórias que pode desencadear o mau funcionamento dos neurônios”.
As citocinas interferem na transmissão nervosa e podem diminuir a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e baixos níveis dessa substância estão comprovadamente relacionados com a depressão.
Dra. Calila Santiago
Nutricionista – CRN 4904
Pós graduando em Nutrição Clínica e Saúde Pública | [email protected]