Comissão da reforma política aprova ‘distritão’ para eleições de 2018 e de 2020 e fim do cargo de vice
Por G1
Após aprovar o texto-base da reforma política, a comissão da Câmara que discute mudanças no sistema eleitoral aprovou na madrugada desta quinta-feira (10), por 17 votos a 15, uma emenda que estabelece o chamado “distritão” nas eleições de 2018 e de 2020 para a escolha de deputados federais, deputados estaduais e vereadores. Pelas regras atuais, deputados federais, estaduais e vereadores são eleitos no modelo proporcional com lista aberta. Por esse modelo, são somados os votos válidos nos candidatos e nos partidos e calculado o quociente eleitoral, que determina quantas vagas o partido ou coligação terá direito. Os eleitos, então, são aqueles com mais votos dentro do partido ou coligação, de acordo com o número de vagas a que esse partido ou coligação tem direito. Isso faz com que candidatos com votação muito expressiva, os chamados “puxadores” de voto, ajudem a eleger concorrentes com baixa votação. Pelo modelo “distritão”, cada estado vira um distrito eleitoral e são eleitos os candidatos mais votados por distrito, sem levar em conta os votos para o partido ou a coligação. Ou seja, a eleição torna-se majoritária, como já acontece atualmente na escolha de presidente da República, governador, prefeito e senador. O relatório aprovado nesta quarta extingue da política brasileira as figuras de vice-presidente da República, vice-governador e vice-prefeito.