Ronald Rios mostra a vida de pessoas que vivem sem luz no interior da Bahia. Foto: Reprodução/Band

Nesta segunda-feira (26), o programa humorístico Custe o Que Custar (CQC), da rede Bandeirantes de televisão veiculou em rede nacional uma matéria no quadro “Documento da Semana” mostrando como é a vida das pessoas que vivem completamente sem luz no interior da Bahia, um dos estados com o maior número de cidades em que a energia elétrica ainda não chegou. 

O repórter Ronald Rios esteve no povoado de Rio Preto, em Cotegipe (820 km de Salvador), para mostrar o sofrimento dos moradores que esperam receber a energia elétrica do Programa Luz Para Todos, lançado em novembro de 2003 pelo governo federal com o desafio de pôr fim à exclusão elétrica no País.

O prazo inicial para que todo o território nacional já tivesse energia elétrica era 2008. Mas, segundo reportagem publicada na Folha de São Paulo, um número muito alto de residências ainda não tem energia elétrica no Brasil. 

Morador antigo do povoado, o aposentado Luiz Francisco dos Santos, 77 anos, que sofreu um derrame em 2002 e anda de cadeira de rodas, diz estar “até acostumado” com a situação. “Luz para todos, aqui, só a da lua”, diz Luiz.

O lavrador Elcio Macedo, 42 anos, não se conforma em estar numa espécie de “ilha solitária”, pois há luz em outra comunidade a 20 minutos de caminhada. 

A falta de luz traz outros problemas. “A gente compra uma carne na feira de sábado e precisa comer toda de uma vez, sem conseguir guardar para o domingo”, diz a lavradora Irenice Xavier, 49.

A Bahia é o estado campeão em número de residências sem energia elétrica, ao todo mais de 300 mil residências não tem acesso à rede elétrica. As 21 casas do povoado de Rio Preto, em Cotegipe não têm energia.

Um dia chamada de “mãe do Luz para Todos” pelo então presidente Lula, Dilma Rousseff completará seus quatro anos na Presidência da República sem acabar com a exclusão elétrica do país.

Redação Notícias de Santaluz

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