A médica Kátia Vargas, acusada de provocar intencionalmente o acidente que culminou na morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Dias, de 22 e 23 anos, deixou o Hospital Aliança às 9h15 desta quinta-feira (17), em uma viatura da 7ª Delegacia Territorial (DT/Rio Vermelho). A médica, que estava internada desta a última sexta (11), não foi algemada.

Segundo o repórter Gil Santos, que acompanhou a saída da oftalmologista, Kátia estava chorando muito, com o rosto entre as mãos, e segurando um terço. Ela estava acompanhada pela titular da 7ª DT, Jussara Souza, sentada na viatura entre dois policiais, enquanto tentava cobrir o rosto. 

Kátia foi encaminhada para o Complexo Penitenciária na Mata Escura, onde chegou às 9h37, onde deve responder às denúncias presa. O advogado de defesa da médica, Vivaldo Amaral, acompanhou tudo e conversa neste momento com a imprensa. O advogado da família de Emanuel e Emanuelle, Daniel Keller, também está presente no presídio.  

Segundo o promotor David Gallo, a médica será denunciada por homicídio qualificado — por motivo torpe (intenção de vingança), por colocar a vida de terceiros em perigo e pela impossibilidade de defesa das vítimas, que estavam de costas para a médica e com um veículo de menor porte.  

Médica fala em suicídio
A avaliação do DPT contesta o boletim médico expedido no início da tarde de ontem pelo Hospital Aliança, onde ela está internada desde a última sexta-feira, dia do acidente. 

Kátia disse ao médico legista do DPT que pensa em cometer suicídio. Para o advogado da família das vítimas, Daniel Keller, o laudo emitido pelo DPT não aponta qualquer indício de suicídio por parte da médica. Daniel afirmou ainda que Kátia teria sido orientada pela defesa a fazer essa afirmação. “Isso não existe. Foi orientação da defesa para que ela afirmasse isso”, disse ao Correio24horas.

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