MP-BA ingressa com ação para reabrir Hospital Regional de Jacobina
Em decorrência de uma disputa política que levou ao fechamento do Hospital Regional Vicentina Goulart, conhecido como “hospital fantasma”, em Jacobina, no Centro Norte do estado, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ingressou com ação civil pública na Justiça, com pedido liminar, para tentar reabrir a unidade. Responsável por 72,8% das internações hospitalares do município realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital, que conta com 203 leitos, ortopedia e maternidade, e atende a população de mais de 18 cidades da região, está fechado desde janeiro de 2013. De acordo com os promotores, o fechamento ocorreu por conta de uma disputa político-partidária, que levou à rescisão do contrato entre o Município de Jacobina e a Associação Jacobinense de Assistência (AJA), gestora da unidade hospitalar. Segundo os promotores, a AJA era responsável pela gestão do hospital desde 2010, quando a então prefeita de Jacobina Valdice Castro Vieira da Silva celebrou o contrato com a entidade sem fins lucrativos, cujo diretor foi, até meados de 2013, o marido dela. Ao iniciar a sua gestão, o atual prefeito Rui Macedo (PMDB), rescindiu o contrato, cujo repasse mensal era de R$ 350 mil e propôs, de acordo com os promotores, um novo contrato no valor de R$ 180 mil mensais, recusado pela Associação. Após tentar, sem sucesso, resolver a situação pela via extrajudicial, com realização de reuniões e audiência pública, o MP-BA resolveu pedir à Justiça que, em decisão liminar, obrigue o Município de Jacobina a dar início, no prazo de cinco dias, ao restabelecimento do volume de atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares, além de obrigar a Associação, a prestar os serviços, sendo remunerada conforme o volume dos atendimentos efetivamente prestados.
Redação Notícias de Santaluz