Homem é atingido com golpes de facão após discussão em bar na zona rural de Valente
Um homem de 28 anos foi atingido com golpes de facão em um bar localizado no povoado Lagoa de Cima, zona rural do município de Valente, região sisaleira da Bahia, na noite de domingo (1). De acordo com informações da Polícia Militar, que foi acionada para atender a ocorrência, a esposa da vítima relatou que o crime ocorreu após uma discussão. O motivo do desentendimento não foi informado. Conforme a PM, o homem foi socorrido para o hospital da cidade e em seguida transferido para outra unidade em Feira de Santana. O estado de saúde dele é desconhecido. A Polícia Militar disse que fez buscas pela região, mas não encontrou o autor do crime. A corporação informou ainda que orientou a família da vítima a registrar um boletim de ocorrência na delegacia da cidade, que deve investigar o caso.
Notícias de Santaluz
Ciro diz que reforma trabalhista gerou ‘golpes’ contra o trabalhador e propõe diálogo para corrigir ‘distorções’
O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, disse no domingo (1º), que a reforma trabalhista promoveu “golpes profundos” contra o trabalhador e propôs diálogo para “corrigir distorções”.
Ciro participou de um ato, em Brasília, em comemoração ao Dia do Trabalho e ao centenário Leonel Brizola, fundador do partido.
“[A Reforma Trabalhista] Na medida em que trouxe algumas atualizações necessárias, aproveitou também para praticar golpes profundos contra o trabalhador e contra os sindicatos”, disse Ciro.
O pré-candidato do PDT afirmou também que os governos do ex-presidente Michel Temer e do presidente Jair Bolsonaro usam pretextos para “subtrair direitos básicos” do trabalhador, além de promoverem o que chamou de uma “propaganda de terror”.
“Os governantes de plantão, muito especialmente os governos Temer e Bolsonaro, usaram e continuam usando de todos os pretextos para subtrair os seus direitos básicos e elementares. Ora fazem chantagem e a política do medo, alardeando os danos da crise econômica que eles mesmo criaram; ora mistificam e manipulam a leitura dos efeitos da virada tecnológica que vive o mundo, sempre fazendo uma propaganda de terror contra o trabalhador”, disse.
Ciro afirmou ainda que abriria “uma grande mesa de diálogo com os trabalhadores e os empresários para corrigir as distorções” e atualizar a legislação trabalhista “de acordo com as melhores práticas internacionais”.
“Se eu tiver a confiança dos brasileiros de me tornar presidente, abrirei uma grande mesa de diálogo com os trabalhadores e os empresários para corrigir as distorções e atualizar nossa legislação de acordo com as melhores práticas internacionais”, afirmou.
Em seu discurso, Ciro também disse que mais de 65 milhões de brasileiros e brasileiras estão inadimplentes, criticou o governo pela alta inflação e disse que o salário mínimo de R$ 1.212 é o segundo mais baixo da América Latina.
“Os trabalhadores, que já tiveram parte de seus direitos subtraídos no governo Temer, encontram-se mais que nunca maltratados, abandonados e humilhados., disse o pré-candidato do PDT.
Atos em comemoração ao 1º de maio levam às ruas apoiadores de Lula e Bolsonaro
Por g1
As manifestações que marcaram os atos de 1º de maio neste domingo levaram às ruas os apoiadores do pré-candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em 26 capitais (todas do país, exceto Porto Velho), houve manifestações de apoio ao presidente.
Foram registradas manifestações contra Bolsonaro em 16 capitais (Maceió, Manaus, Salvador, Fortaleza, Brasília, Vitória, Belo Horizonte, Belém, João Pessoa, Recife, Teresina, Rio de Janeiro, Natal, Florianópolis, Aracaju e São Paulo).
Em São Paulo, o ex-presidente Lula participou de um ato organizado pelas centrais sindicais. No discurso, o petista disse que “alguém melhor” que o presidente Bolsonaro irá “ganhar as eleições” presidenciais deste ano.
No seu discurso, Lula criticou a inflação, defendendo que, durante sua gestão, o salário tinha reajuste real.
Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro foi a uma manifestação organizada por apoiadores e simpatizantes de seu governo na manhã deste domingo. O ato teve cartazes com pautas inconstitucionais, como pedido de intervenção militar e ataques ao STF. Bolsonaro não discursou.
Mais tarde, Bolsonaro apareceu em um vídeo gravado exibido a apoiadores em ato na avenida Paulista destinado a defender o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB).
No vídeo divulgado, Bolsonaro afirmou que deve “lealdade” aos apoiadores e que tem um “governo que acredita em Deus, respeita as autoridades, defende a família e deve lealdade a seu povo”.
Nas redes sociais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que “manifestações populares são expressão da vitalidade da Democracia”, mas que aquelas que pedem “intervenção militar e fechamento do STF” são “ilegítimas e antidemocráticas” e configuram “anomalias graves que não cabem em tempo algum”.
Gasolina sobe 2,35% nos postos em abril, mesmo sem aumento da Petrobras
Por Estadão Conteúdo
Mesmo sem reajuste pela Petrobras desde o dia 11 de março, o preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento fechou abril em alta de 2,35% contra o mês anterior, com preço médio de R$ 7,495, segundo dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Já o etanol, concorrente do combustível fóssil, avançou 4,37% se comparado a março, com o litro comercializado em média a R$ 5,936.
“No comparativo com janeiro deste ano, a alta chega a 9% para a gasolina e de 3,1% para o etanol, segundo o último levantamento da Ticket Log. Quando comparamos com um ano atrás, os motoristas brasileiros já estão pagando 31,5% mais caro para abastecer com gasolina e até 30% para o etanol”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil, dona da Ticket Log.
No recorte regional, não houve redução no preço da gasolina e o maior acréscimo do país foi registrado nas bombas do Centro-Oeste (3,44%), que passou de R$ 7,264 para R$ 7,514.
Mesmo tendo a gasolina com o preço médio mais caro de todo o território nacional (R$ 7,584), o litro do combustível no Nordeste avançou 1,65% e foi o menos afetado com as variações de alta. Já os postos da Região Sul comercializam a menor média, a R$ 7,142.
Assim como para a gasolina, nenhuma região apresentou recuo no preço do etanol, mas sim altas que chegaram a 6,54%, como é o caso do Sudeste. Mesmo comercializando o etanol pelo maior preço médio do País (R$ 6,162), a região menos afetada com as altas foi o Norte, com avanço de 1,73%. A menor média para o litro do etanol foi registrada nas bombas do Centro-Oeste, apesar de a região apresentar a maior alta no preço do combustível, de 5,86%.
Nos destaques por Estado, o Distrito Federal registrou o maior aumento do País para a gasolina (4,45%), que passou de R$ 7,437 para R$ 7,768. Porém, o maior preço médio para o combustível foi encontrado nos postos do Piauí, a R$ 8,150. O valor da gasolina fechou em queda na Bahia e o Estado registrou o maior recuo no preço entre os demais (2,58%), com o valor de R$ 7,560 passando para R$ 7,365. Já o menor preço médio foi encontrado no Amapá, a R$ 6,943.
Já São Paulo, apesar de apresentar o menor preço médio do País para o litro do etanol, liderou com a maior alta para o combustível (8,61%) entre todos os Estados, que passou de R$ 4,693 para R$ 5,097. O Pará se destacou com o maior preço médio, a R$ 6,685. Nenhum Estado brasileiro apresentou baixa no valor do etanol.
“O etanol vinha apresentando redução de preço desde dezembro do ano passado. Porém, em março começou a registrar altas e o valor do litro segue em uma disparada que já supera os acréscimos da gasolina”, informou Pina.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.
Ataque a tiros em bar deixa adolescente morta em Araci
Por g1 BA
Uma adolescente de 16 anos morreu e duas pessoas ficaram feridas após dois homens atirarem contra um grupo que estava em um bar na cidade de Araci, na região sisaleira da Bahia. O caso aconteceu na noite de sábado (30), no bairro do Riacho.
A jovem foi identificada como Geovana Garcia Barreto de Pinho. Segundo informações da Polícia Civil, a dupla chegou em uma motocicleta e efetuou vários disparos no estabelecimento.
A garota morreu no local. As outras duas pessoas feridas foram levadas a hospitais na região e não há informações sobre o atual estado de saúde delas.
A polícia não detalhou se as pessoas atingidas eram os alvos dos suspeito ou se os homens buscavam outras pessoas que estavam no bar. O caso foi registrado na delegacia territorial da cidade, que apura a autoria e o que pode ter motivado a ação criminosa.
A prefeitura publicou uma nota de pesar pela morte da garota. De acordo com familiares, o corpo de Geovana será velado nesta segunda-feira (2) e será sepultado durante a tarde no Cemitério São João Batista, em Araci.
Gente do campo: conheça as comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto
Por g1
Diferentes famílias que criam animais em áreas coletivas, vivendo da agricultura de subsistência e da coleta de frutos e plantas medicinais do Cerrado e da Caatinga.
Essas são as chamadas comunidades de fundo e fecho de pasto, tradicionais da região Nordeste, principalmente do sertão baiano. Enquanto no Cerrado é mais comum a criação de bovinos, na Caatinga se faz mais presente a de caprinos e ovinos.
O termo “fundo” caracteriza os povos que criam animais em áreas fixas. Já no “fecho”, por falta de espaço em seus territórios, as famílias levam o rebanho para pastos distantes. Em muitos casos, chegam a se deslocar até 100 quilômetros de distância.
“A área de terra que a gente tem é pequena, não dá conta para criar o gado para a manutenção da família. Por isso, usamos o fecho de pasto”, conta Élia Sodré do Nascimento, da comunidade de fecho Pedra Branca, que fica município baiano de Correntina, a 655 km de Salvador, já na divisa com Goiás.
O coletivo é formado por 40 famílias, que utilizam um fecho em comum chamado de “Boi A Rib Abaixo”, que fica a 42 km de suas casas, no próprio município de Correntina. “Nossa viagem chega a durar um dia”, diz Élia, explicando que os vaqueiros fazem este trajeto a cavalo.
Tanto no fecho, como no fundo, os locais de pastagem dos animais são coletivos, ou seja, não pertencem a uma única pessoa ou família.
Comunidades centenárias
Os povos de fundo e fecho de pasto surgiram por volta de 1750 com a ocupação de sesmarias, terras que eram concedidas pela coroa portuguesa a alguns beneficiários, explica Samuel Brito, educador social da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Bahia.
“Tem lugar no centro-oeste baiano de comunidades com 300 anos de história”, diz ele.
“Os sesmeiros que, obviamente, eram latifundiários, não davam conta de ocupar toda a sesmaria. Então, parte dessas terras foi sendo ocupada por outras pessoas que não necessariamente eram ligadas à família dos sesmeiros”.
A maioria das comunidades de fundo e fecho foi formada por indígenas e negros que foram escravizados. “Mas existiu um processo de miscigenação com descendentes de portugueses e outros povos europeus”, destaca o educador.
Luta por terra
Assim como os indígenas, quilombolas, geraizeiros e outros povos tradicionais, as comunidades de fecho e fundo lutam pela preservação e manutenção de suas terras, que são foco de conflitos por causa do avanço de grileiros, processo que começou a ocorrer com mais força a partir da década de 1980, conta Brito.
“Essas terras vêm sendo expropriadas pelo agronegócio, empresas de mineração e, mais recentemente, por eólicas”, diz ele.
Élia conta que o fecho de sua comunidade, o “Boi A Rib Abaixo”, vem sendo tomado aos poucos. “Um grileiro entrou e derrubou nossas cercas e nossos ranchos. E, quando vamos para lá, em poucos minutos, chega a polícia com arma”, relata.
“Não é de hoje que estamos buscando a titulação desse território junto ao estado baiano. Como é que agora chega um fazendeiro chega e toma conta e o estado garante?”, questiona.
“Nós estamos nessas terras há anos, somos os donos tradicionais. Tem, inclusive, um senhor de 105 anos que vive nessa área, onde seu bisavô já era dono”, diz.
Élia conta que, mesmo diante da situação de conflito, a sua comunidade continua se deslocando até o “Boi A Rib Abaixo”. “É isso ou ir para cidade para passar fome”.
Atividades no fecho
A família de Élia sempre pertenceu ao campo, ao fecho e à “luta para manter o Cerrado de pé”.
Na infância, sua diversão preferida era brincar de cavalo de pau para pastorear o gado com outras crianças. “Meu pai só que não deixava, porque falava que isso não era coisa de menina, mas a gente brincava escondido”, rememora, que hoje é casada e tem três filhos.
Dentre as diferentes atividades do fecho, Élia trabalha com a horticultura e no cuidado com as vacas. “Quando os homens levam o gado para os gerais [região de Cerrado, onde está a pastagem], as vacas paridas ficam para poder tirar leite, né? Então tem que cuidar, dar água…e as mulheres fazem isso”, conta.
“Mas, quando é para ir para o embate, vai mulher, vai todo mundo. Não tem jeito”, diz.
Élia explica que os animais são levados para os pastos comunitários em torno do mês de abril. E, um pouco antes da época das chuvas, por volta de setembro, os criadores retornam com o gado para perto de suas casas.
Esse revezamento é necessário para que as pastagens se renovem. As chuvas, por exemplo, ajudam o capim a brotar novamente. E, assim que a vegetação é recuperada, o rebanho é levado novamente para o fecho.
“Os vaqueiros costumam se revezar [para supervisionar os animais]. Em uma semana, vai três, na outra, um outro grupo, e assim por diante”, explica o educador social da CPT Samuel Brito.
Vida no fecho
Quando se deslocam para áreas coletivas, os integrantes da comunidade de Élia costumam fazer ranchos de palha. “Mas já tem casa com bloco para poder ter um aconchego e segurança…à noite tem que acender fogo para evitar as onças”, conta.
Nessa viagem, os criadores levam agasalhos, cobertas e comidas que as mulheres preparam, como feijão, arroz, farofa e carne. “A gente deixa tudo pronto para eles poderem cozinhar lá”.
Os animais cumprem diferentes funções nessas comunidades, como a de ser um auxílio em momentos de necessidade. “Pobre não faz poupança, né? Então, o futuro que a gente tem é um gado. Quando alguém adoece, a gente vende o gado para poder cuidar do tratamento”, relata.
Além disso, quando uma família abate um animal, é comum compartilhá-lo com algum vizinho para fins de alimentação.
‘Manter o Cerrado em pé’
Hoje, Élia trabalha a maior parte do tempo em sua horta, que fornece alimentos tanto para a subsistência de sua família, como para a venda em feiras da agricultura familiar e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE, merenda escolar).
“Eu que produzo a minha alimentação. Aqui, eu planto feijão, arroz, milho, mandioca, tudo orgânico, nada de agrotóxico”, conta.
É da própria terra que essas comunidades retiram até mesmo o “remédio” para combater pragas na plantação, como o timbó, que Élia usa para matar insetos.
E tudo é feito respeitando a sazonalidade de cada vegetal. “Nós não desmatamos nada. Coletamos os frutos e as plantas na época certa”, diz.
Dentre as frutas tradicionais, estão, por exemplo, o pequi, caju, puçá, cagaita e cascudo. Já entre as plantas medicinais, Élia cita o barbatimão e o carapiá, que ajuda, segundo ela, a combater o calor durante a fase da menopausa.
“O Cerrado é rico em plantas medicinais, mas, para elas continuarem vivas, o Cerrado precisa se manter em pé, ter água. E é por isso que nós o preservamos”, diz.
Cinco crianças coreanas saem para brincar e são encontradas mortas em vala no oeste da Bahia
Por g1 BA
Cinco crianças coreanas saíram para brincar e foram encontradas mortas após serem soterradas em uma vala, na cidade de Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia. O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira (29).
Inicialmente a Polícia Civil informou que uma construção de silo para armazenamento de grãos havia desmoronado. No entanto, na noite de sexta-feira, a polícia corrigiu a informação e disse que as crianças tinham saído para brincar e foram encontradas soterradas em uma vala.
De acordo com a prefeitura do município, duas vítimas tinham 11 anos, outras duas tinham 7 e a mais nova, tinha 6. Elas brincavam quando foram atingidas pela terra.
O caso aconteceu por volta das 12h, na fazenda Paraíso, conhecida como a “Vila dos Coreanos”, no povoado de São Marcelo, a 40 km do centro da cidade. Os pais das vítimas sentiram falta das crianças por volta das 15h.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de policiais civis e militares e do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foram para o local.
Média móvel de mortes por Covid-19 sobe 20% no Brasil
Por Folhapress
O Brasil registrou 195 mortes por Covid nesta sexta-feira (29). Com isso, o país tem agora 124 óbitos por dia de média móvel, um crescimento de 20%. Desde o final de fevereiro a média tinha quedas sucessivas.
O país também registrou 14.463 casos da doença. Com isso, o país chega 663.484 vidas perdidas e a 30.429.140 pessoas infectadas.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Em 3 meses, Brasil acumula mais da metade de casos de gripe de 2021
De janeiro a março deste ano, 5.686 casos de influenza foram notificados no país, segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) do Ministério da Saúde. O número é mais da metade dos registros de 2021, que teve 10.005 casos confirmados por exames laboratoriais.
A alta de casos é notada principalmente em crianças e idosos. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, o grande desafio é vacinar os pequenos e as gestantes. Em 2021, o Ministério da Saúde tinha a meta de imunizar 90% do público infantil, mas dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), mostram que somente 76,8% das crianças foram imunizadas.
Na sexta-feira (29), o Instituto Butantan lançou, em parecia com a farmacêutica Sanofi, a campanha #ProtegidoContraGripe, com ilustrações do cartunista Maurício de Sousa para incentivar a imunização contra a doença.
Para a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o aumento de casos de influenza no país é uma consequência da baixa cobertura vacinal durante a pandemia da Covid-19, do enfraquecimento do sistema imunológico da população nesse período e da maior circulação do vírus após o fim das restrições.
“Nesses dois anos, a percepção de risco caiu porque as pessoas deixaram de ver a doença. No entanto, ocorre o contrário, um momento propício para a transmissão pois a imunidade caiu e a proteção que as crianças vinham ganhando progressivamente também. Os casos devem ocorrer de forma concentrada agora”, disse Richtmann, na coletiva de imprensa de apresentação da campanha.
Advogado questiona valor de indenização oferecido pela Prefeitura de Santaluz para desapropriar imóvel de comerciantes
A prefeitura de Santaluz iniciou nesta sexta-feira (29) a desapropriação de um terreno que fica na Rua Pedro Evangelista, área central da cidade. O lugar deve dar espaço a uma unidade de saúde e uma praça.
O imóvel pertence aos comerciantes Joselito Carneiro de Araújo, conhecido como Júnior do Max, e Quitéria Carneiro de Araújo, ambos ex-prefeitos do município.
O advogado Henre Evangelista Alves Hermelino, que representa os donos do terreno, disse que em nenhum momento Júnior e Quitéria foram contrários à desapropriação. O advogado, no entanto, reclama que o valor da indenização oferecido pela prefeitura está muito abaixo do preço praticado pelo mercado imobiliário.
“Júnior do Max e Quitéria nunca foram contrários a realização de qualquer benfeitoria em prol da população de Santaluz. O programa de requalificação que ambos executaram na área da saúde enquanto gestores públicos, como a construção do primeiro hospital da região especializado em atendimento a mulheres, entre outras obras de impacto social, é prova da preocupação deles com o bem estar dos luzenses. O nosso desejo é que haja justiça no valor pago pelo terreno, que mede mais de dois mil metros quadrados e já foi avaliado em cerca de R$ 950 mil pela própria prefeitura para efeito de pagamento de IPTU. Agora, reduziram o preço do mesmo imóvel para cerca de R$ 72 mil, valor depositado judicialmente como correspondente a indenização. Um valor que não corresponde à realidade do mercado imobiliário, nem à avaliação feita anteriormente pelo próprio poder público”, explicou o advogado.
Henre disse ainda que vai recorrer na Justiça para que o terreno passe por nova vistoria técnica, para verificar o real valor do imóvel. “Nosso interesse é que a Justiça estipule um valor de indenização que corresponda à realidade”, completou.
O Notícias de Santaluz não conseguiu contato com a prefeitura até a publicação desta matéria.