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Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco se configura como o maior desastre do gênero da história mundial, de acordo com dados da consultoria de gestão de riscos Bowker Associates. Em 100 anos de mineração no planeta, segundo informações da Folha de S. Paulo, nenhum evento atingiu tamanha gravidade, com um triplo recorde: volume de lama vazado (50 a 60 milhões de metros cúbicos), percurso atingido (600 km) e prejuízo estimado (US$ 5,2 bilhões). Quando ao volume, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirma que 34 milhões de metros cúbicos foram despejados no ambiente no momento do rompimento, enquanto 16 milhões continuam sendo liberados pela construção com capacidade de 50 milhões. “É a maior operação que desabou da qual temos notícia e é surpreendente que tenha acontecido com uma das dez maiores do mundo. Mineradoras grandes têm mais capital, mais financiamento e geralmente dominam ativos de minérios da mais alta qualidade”, disse a coordenadora da Bowker Associates, Lindsay Newland Bowker. Para ela, com o recente aumento da produção mineradora no mundo, há a possibilidade de catástrofes ainda maiores. “São necessárias barragens de rejeitos cada vez maiores para produzir um determinado volume de metal, já que há um declínio global nos teores de minério encontrados”, avaliou. A segunda maior catástrofe do gênero aconteceu em 1992, nas Filipinas, quando vazaram 32,2 milhões de metros cúbicos.

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