Secretário de Saúde da Bahia e Presidente da UPB alertam para riscos causados por aglomerações durante festejos juninos
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá, fizeram alertas sobre o risco de aglomeração nos municípios durante o período dos festejos juninos.
Para o presidente da UPB, que também é prefeito de Jequié, na região sudoeste do estado, a população precisa ter a consciência de não aglomerar sob o risco de haver colapso nos leitos de UTI.
“A gente viu um boom de casos logo após a Semana Santa, quando as famílias se reuniram, e o São João é preocupante. Se a população não tiver consciência, não tem órgão fiscalizador que conseguirá conter a situação. É momento de manter o distanciamento, não aglomerar para que a gente não tenha uma terceira onda ainda mais forte. Os leitos de UTI estão com ocupação oscilando em 80% e se tivermos um aumento drástico agora corremos sérios riscos de ter um colapso na rede de saúde do estado da Bahia”, afirma o prefeito.
Em postagem nas redes sociais, o secretário de Saúde da Bahia alertou a população para que sejam mantidos os cuidados a fim de evitar a propagação da Covid-19, diante da circulação das variantes do coronavírus. Com alto potencial de transmissão e risco aumentado para internações, a variante denominada P1, originária de Manaus (AM), atualmente é responsável por 80% das infecções na Bahia.
“E ele [o cuidado] precisa ser reforçado, já que no comparativo mês a mês vemos o crescimento da diversidade de cepas detectadas no estado, sendo oito agora. Entretanto, nos meses de fevereiro a maio deste ano, a variante P1 se tornou predominante, sendo a responsável pela aceleração do número de internações e elevação do número de óbitos em todo o Brasil, inclusive, na Bahia. O quadro que vivemos no ano passado, de um aumento de casos de 500 a 800% em algumas cidades, não pode se repetir”, alerta Vilas-Boas.
“Portanto, nós estamos fazendo um apelo à consciência das pessoas, ao bom senso, pra que evitem participar de festas clandestinas, particularmente de forrós, em ambientes confinados, como salas, como casas, varandas. Se houver de fazer algum tipo de festejo, que faça dentro da sua bolha familiar, com as suas pessoas mais próximas, com as quais você já convive habitualmente, e que faça isso ao ar livre. A tradição junina em nosso estado é forte, mas para salvar vidas se faz necessário alguns sacrifícios e evitar aglomerações é o principal deles”, ressalta o secretário.
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