Tucano: delegado é preso suspeito de utilizar peças de carro apreendido por roubo
Uma equipe da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol) prendeu, nesta terça-feira (12), com apoio da Coordenação de Operações Especiais (COE), o delegado titular da Delegacia Territorial (DT) de Tucano, Paulo José de Oliveira. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), o delegado teve expedido em seu desfavor um mandado de prisão preventiva por crime de peculato. Segundo investigação conduzida pela Correpol, o policial vinha utilizando em seu carro particular peças retiradas de um veículo roubado, que havia sido recuperado, e estava apreendido na delegacia de Tucano. Conforme a SSP-BA, além de inquérito policial, foi instaurado também um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta do delegado, que poderá, inclusive, ser demitido ao final dos procedimentos. Se condenado pelo crime de peculato, o policial, que está na Polícia Civil há 12 anos, poderá pegar de 2 a 12 anos de prisão, sendo o fato de ser servidor público um agravante. O delegado já está custodiado na carceragem da Correpol, no bairro Rio Vermelho, em Salvador.
Redação Notícias de Santaluz
O fato de que a escalada da violência venha assumindo proporções catastróficas e a segurança pública um descrédito assombroso pode nos surpreender?
Temos condições de acreditar nas instituições?
José Plínio de Oliveira
Quando uma dita autoridade policial rouba objetos sob a guarda do Estado e sob suas responsabilidades legais, o fato é gravíssimo, mas pode ser considerado CRIME DE LUXO. Quando servi na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, de que fui transferido para a reserva remunerada, trabalhando em um distrito de Nova Iguaçu, hoje município de Queimados na Baixada Fluminense, lembro-me de que por ocasião das chamadas operações policiais, os prepostos da polícia roubavam gêneros de primeira necessidade das sub habitações paupérrimas da Baixada Fluminense, habitadas muitas vezes por famílias de trabalhadores pobres que tinham algum parente meramente suspeito de alguma delito. A situação é extremamente grave! Ainda me recordo de um agente policial que me revelou que se não levasse aqueles produtos para casa, a sua família não teria o que comer. Eu, um indivíduo de origem caatingueira, saído do âmbito da Sociedade dos Vaqueiros, neto de avô fazendeiro, vaqueiro, boiadeiro e criador de gados, indo parar naquele inferno, sentia uma revolta da desgraça, porque a Sociedade dos Vaqueiros é cheia de regras, éticas e valores morais rigorosíssimos; por isto defendo uma tese irrefutável – até pelas experiências vividas – de que se o Estado dito de Direito reduzir em 15% as práticos do CRIME ORGANIZADO OFICIAL em seus próprios órgãos públicos, o Crime Comum terá uma redução imediata de 85%.
José Plínio de Oliveira