Três dias após retornar ao trabalho, juiz do caso Monte Santo é mais uma vez suspenso pelo TJ-BA
Com três dias de trabalho depois de cumprir suspensão por seis meses, o juiz Luís Roberto Cappio, conhecido por julgar favorável o retorno das crianças adotadas em Monte Santo, no interior da Bahia, foi novamente afastado, agora por tempo indeterminado. A sessão foi realizada no Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) nesta quarta-feira (23).
De acordo com o TJ-BA, o afastamento estava por vencer, por isso foi realizada sessão nesta quarta-feira. Em decisão unânime, os desembargadores preferiram mantê-lo afastado até conclusão dos processos administrativos, que são por casos de “descortesia com serventuários” e por baixa produtividade. Cappio já tem conhecimento da nova decisão. “Investem uma mentira atrás da outra para que eu não exerça judicatura com independência e liberdade”, avalia.
O magistrado conta que surgiu uma nova alegação de que ele teria trancado um então juiz auxiliar dentro de seu gabinete, impedindo a saída do colega, o que classifica como um fato inventado. “Obviamente não pratiquei ilícito. Isso foi inventado, uma mentira, esse fato jamais ocorreu. Vou interpelá-lo criminalmente [o juiz], assim como vou interpelar o desembargador que repetiu isso [no Pleno]. Essas pessoas que inventaram isso precisam responder por denunciação caluniosa”, diz. Segundo conta, o juiz envolvido no relato atua hoje na 1° Vara Crime de Salvador. (G1/BA)