APÓS TUFÃO NA CHINA, BAIANO RELATA EXPERIÊNCIA
A trilha sonora deste último domingo (22), foi regida por sirenes que insistiam em nos lembrar que deveríamos nos manter abrigados. Com o início de uma chuva, pela tarde, o comércio estava fechando e as pessoas esvaziavam as ruas. A natureza havia avisado: vem tufão por aí. Chamado de Usagi, ele chegou ao continente às 19h40 do domingo, pela cidade de Shanwei (onde estive há um mês) e foi perdendo força, naturalmente. Aqui em Guangzhou, a cerca de 350 km de Shanwei, os estragos não foram tantos, mas houve uma vítima fatal.
Aulas e vôos foram cancelados, parte da população não foi ao trabalho e muito barulho (por pura precaução) continuou no início desta manhã de segunda-feira em principalmente 14 regiões ao sul do país, como Hong Kong, Macau e Shenzen, por onde a tempestade passou. De acordo com o site chinadaily.com.cn, um total de 5.48 milhões de pessoas foram afetadas diretamente, entre elas 310.000 tornaram-se desabrigadas. Cerca de 8.490 de casas foram destruídas e 50.800 hectares de terra foram danificados.
Apesar de não ter causado grandes transtornos na área onde moro, Baiyun Park, esse Usagi perturbou meu sono: acordei com o barulho dos ventos fortes e da chuva que caia brava! As árvores bailavam enlouquecidamente. Nunca havia visto a natureza em ritmo trance! Agora, fim de noite de segunda-feira (na verdade, já madrugada de terça) está tudo mais calmo, ao menos, onde estou. As notícias dão conta de 25 mortos e muitos desabrigados. Sem mais proximidade com a costa, o tufão segue mais fraco pelo interior do país. Que Buda proteja a China.