Presidente da Câmara pede pacificação política e diz que país tem compromisso ‘inadiável’ com as urnas eletrônicas em 2022
Por Agência Câmara de Notícias
Em pronunciamento feito nesta quarta-feira (8), relativo aos acontecimentos do Sete de Setembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Parlamento vai ser um ponte de pacificação entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Na terça-feira (7), durante manifestações de apoio ao governo, Bolsonaro afirmou que não iria mais cumprir ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defendeu o “enquadramento do ministro”.
“É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é superdimensionada pelas redes sociais, que apesar de amplificar a democracia estimula incitações e excessos”, afirmou Lira.
Sem citar o presidente Bolsonaro, que defendeu ontem o voto impresso, proposta já derrubada pela Câmara no mês passado, Lira afirmou que é uma questão superada.
“Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas – como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim como também vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão – e a nossa prerrogativa de puni-los internamente se a Casa com sua soberania e independência entender que cruzaram a linha”, disse.
Arthur Lira reafirmou o respeito à Constituição e disse que ela “jamais será rasgada”. “O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022. Com as urnas eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania”, defendeu Lira.
Agência reguladora do Chile aprova uso da CoronaVac em crianças acima de 6 anos
O órgão chileno similar à Anvisa e responsável pela regulação medicamentos no país aprovou o uso da vacina CoronaVac para crianças de mais de seis anos. A definição aconteceu na segunda-feira (6). As informações são de reportagem da Agência Reuters. A CoronaVac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. No Brasil, as pesquisas e a produção do imunizante ocorrem em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O laboratório já apresentou pedido à Anvisa para uso da vacina em crianças e adolescentes, mas o órgão sanitário rejeitou a solicitação. Antes do Chile, o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes foi aprovado de forma emergencial na Indonésia e na China. De acordo com a reportagem, com a decisão da agência do Chile, as crianças de mais de seis anos poderão ser incluídas na campanha de vacinação do país. Além da CoronaVac, a vacina da Pfizer/BioNTech para crianças acima de 12 anos também foi aprovado no Chile. Segundo a Reuters, mais de 654 mil pessoas nessa faixa etária já receberam ao menos uma dose desde maio.
Bolsonaristas tentam invadir sede do Ministério da Saúde
Um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido) tentou invadir a sede do Ministério da Saúde em Brasília na manhã desta quarta-feira (8). Imagens divulgadas pelo portal Metrópoles mostram o grupo avançando sobre a porta e vidros do ministério. De acordo com a Folha de S.Paulo, a entrada havia sido fechada às pressas com grades para evitar a invasão. Segundo um integrante da pasta que acompanhou a tentativa de invasão, os manifestantes tentaram agredir equipes da imprensa que estavam em frente ao ministério. Um cinegrafista teria deixado a câmera para trás ao fugir do grupo. O equipamento foi devolvido na portaria da Saúde mais tarde, segundo um integrante da pasta. Em falas diante de milhares de apoiadores na terça-feira (7) em Brasília e São Paulo, Bolsonaro fez ameaças golpistas contra o STF, exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairá morto da Presidência da República. Apesar de o ato em Brasília ter se dispersado após a fala de Bolsonaro, alguns apoiadores seguem acampados na Esplanada dos Ministérios. Há também caminhões e outros carros de manifestantes estacionados na região. Estes veículos invadiram a Esplanada dos Ministérios na noite de segunda (6), quando romperam o bloqueio da polícia.
Farmacêutica começa teste de vacina única contra gripe e Covid
A farmacêutica Novavax Inc informou nesta quarta-feira (8) que começou a testar, ainda em estágio inicial, uma vacina combinada contra a gripe e a Covid-19. O ensaio será conduzido na Austrália e envolverá 640 adultos saudáveis entre 50 e 70 anos. Eles devem ter sido previamente infectados com o coronavírus ou terem tomado a vacina contra a Covid-19 pelo menos oito semanas antes dos testes. Os participantes receberão uma combinação da vacina contra a Covid-19 da Novavax, a NVX-CoV2373, e da sua vacina contra Influenza, a NanoFlu, junto com um adjuvante ou reforço da vacina, de acordo com informações da agência Reuters. Em estudos pré-clínicos, a vacina NanoFlu/NVX-CoV2373 gerou respostas robustas para influenza A e B e protegeu contra o coronavírus. “A combinação dessas duas vacinas pode levar a maior eficiência para o sistema de saúde e alcançar altos níveis de proteção contra a Covid-19 e influenza com um único regime (de dose)”, disse Gregory Glenn, presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Novavax, segundo a Reuters. A farmacêutica espera obter os resultados do teste no primeiro semestre de 2022.
Mãe se revolta ao ver filho preso e algemado: ‘tá satisfeito agora? O que te falta em casa?’
Por G1 PI
Dois jovens foram presos em flagrante na noite de segunda-feira (6) em um posto de combustíveis, localizado na avenida União, no bairro Aeroporto, na Zona Norte de Teresina. O que chamou atenção foi uma mulher revoltada por ter encontrado o filho algemado. Em um vídeo gravado por testemunhas, a mulher questionou se o jovem detido estava satisfeito com a situação e disse estar com vergonha.
“Tu tá satisfeito agora? O que te falta em casa? Agora tu vai sentir na tua pele. Tu vai aprender o que é sofrimento. Se tu não sabia o que era sofrimento, tu vai saber o que é agora. Eu fico me matando de trabalhar para não te faltar nada e tu envergonha a gente desse jeito. Que vergonha eu tô de ti”, grita a mulher, em frente ao jovem que está algemado, sentado no chão, de cabeça baixa.
De acordo com o batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), os jovens foram vistos pelos policiais que suspeitaram da atitude deles e deram ordem de parada. Eles fugiram da abordagem, mas um deles caiu da moto e a polícia conseguiu prender a dupla no posto de combustível. Com eles, a polícia apreendeu uma motocicleta, dois capacetes e um simulacro de pistola. A dupla foi encaminhada para a Central de Flagrantes de Teresina, para autuação.
“Não tem outra solução: ou tem o impeachment ou tem o golpe e o povo vai ter que escolher depois do dia de hoje”, afirma Alex da Piatã ao repudiar declarações de Bolsonaro
Na avaliação do deputado estadual Alex da Piatã (PSD) é chegada a hora de colocar em curso o processo de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com o parlamentar baiano, as declarações do presidente durante os atos realizados nesta terça-feira (7), “escancaram o seu desejo pela desarmonização constitucional e o descumprimento da civilidade no Estado Democrático de Direito, o que representa a ultrapassagem do limite da sua atuação a frente de presidência”.
“Hoje ele (Bolsonaro) deu o seu tiro de misericórdia, foi pra o tudo ou nada, fez declarações dizendo que não vai obedecer a uma decisão judicial do ministro Alexandre de Morais do Supremo, deu declarações de que só sai morto, de que não vai aceitar prisão, ou seja, deixou claro de que vai para o tudo ou nada”, comentou Alex na noite desta terça-feira, na Câmara de Vereadores de Conceição do Coité, durante participação de uma conferência organizada pelo PCdoB.
“Não vejo outra alternativa: a solução é o impeachment do presidente Bolsonaro. Não tem outra solução: ou tem o impeachment ou tem o golpe e o povo vai ter que escolher depois do dia de hoje. A gente vai ter que fazer esse enfrentamento e essa luta para evitar que o golpe aconteça. Infelizmente. Não imaginava que fosse chegar esse ponto. Ficou claro que ele vendo a sua popularidade diminuir e que não tem condições de resolver os problemas do país resolveu ir para o tudo ou nada”, completou.
Após atos antidemocráticos, partidos do Centrão decidem consultar bancadas sobre impeachment de Bolsonaro
Partidos do Centrão decidiram consultar suas bancadas sobre a adesão a um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo apuração da CNN Brasil.
A reação ocorre após discurso do presidente em São Paulo neste 7 de setembro. Bolsonaro ameaçou não acatar as decisões judiciais de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, e que só aceita eleições com contagem pública dos votos.
De acordo com reportagem da emissora, o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, diz que vai reunir sua bancada na semana que vem para deliberar sobre a posição do partido. A expectativa é a de que a sigla passe a pedir o afastamento de Bolsonaro.
Já presidente do MDB, Baleia Rossi, também afirmou à CNN que vai consultar os principais líderes de sua bancada. Foi no governo de Michel Temer que Alexandre de Moraes foi indicado ao Supremo.
A sigla tem quadros na liderança do governo no Congresso. Essa posição também será discutida. Mais cedo, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, anunciou que a sigla vai se reunir nesta quarta-feira para debater o apoio ao impeachment.
Moradores de Salvador fazem panelaço contra Bolsonaro após ataques ao STF em atos no Dia da Independência
Por G1 BA
Moradores de Salvador fizeram um panelaço contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta terça-feira (7). A manifestação ocorreu após um dia de discursos com frases golpistas e antidemocráticas, no Dia da Independência. Os moradores foram às janelas nos bairros da Graça e Imbuí. Durante eventos em Brasília e em São Paulo, Bolsonaro fez ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ministro foi responsável pelo inquérito que investiga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia e pelo qual já determinou prisões de aliados do presidente e de militantes bolsonaristas. Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes vai ser presidente do TSE no próximo ano.
Mourão diz que militares não vão ’embarcar em aventura’ a favor ou contra Bolsonaro
Por Bahia Notícias
Neste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, que este ano marca também as manifestações de direita convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro em favor de seu governo e contra outras instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), o país vive um clima de extrema tensão. Apesar do receio da classe política inclusive de outros países, diante da possibilidade de um golpe à democracia, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afasta esta hipótese. De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, com sua experiência de 46 anos no Exército, ele disse a amigos que não está preocupado com a mobilização. “As Forças Armadas não vão embarcar em aventura nem a favor nem também contra Bolsonaro”, declarou.
7 de Setembro tem protestos a favor e contra o governo Bolsonaro
Com informações do G1
Protestos contra e a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro marcam o feriado da Independência no Brasil nesta terça-feira (7).
Os atos acontecem em meio a embates do presidente com o Supremo Tribunal Federal (STF), e em um contexto de queda na popularidade e nas avaliações sobre a administração Bolsonaro – e de uma acentuada crise econômica.
O presidente acirrou as tensões ao convocar os atos pró-governo, com pauta antidemocrática, com ameaças aos ministros do Supremo e ao Congresso.
Na última sexta-feira, sem citar nomes, Bolsonaro disse que a manifestação pró-governo seria um “ultimato” a duas pessoas que estão “usando da força do poder” contra ele. Em Brasília, a avaliação é de que ele se referia aos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Os apoiadores do presidente intensificaram os chamados para os atos após a rejeição da PEC do voto impresso – uma demanda dos bolsonaristas diante de supostas fraudes nas eleições, sobre as quais não há indícios e cujas provas o próprio presidente admitiu não existirem.
No campo contrário, manifestantes protestam contra o governo Bolsonaro e a escalada da crise institucional e econômica. Diante de quase 600 mil mortos na pandemia do coronavírus, aumento de preços, do desemprego e da fome, os atos pedem a saída do presidente.
Falando aos manifestantes em Brasília nesta terça, Bolsonaro voltou a fazer ameaças ao STF.
“Nós não mais aceitaremos que qualquer autoridade usando a força do poder passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer certeza que venha de fora das quatro linhas da Constituição. Nós também não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos três poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu, ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, disse, em alusão à suprema corte. “Nós valorizamos, Reconhecemos e sabemos o valor de cada poder da República”. “Aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede pra sair”, afirmou.
Bahia
Um grupo de manifestantes se reuniu no Farol da Barra, em Salvador, para um ato a favor do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (7). A concentração começou às 9h e os manifestantes seguiram em caminhada até o Morro do Cristo, às 10h30.
No local, os manifestantes levantaram cartazes e faixas com pedidos de intervenção militar, além do pedido de impeachment dos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns cartazes também pediram uma reformulação do Supremo, o uso da força e o voto “auditável”. Vestidas de verde e amarelo, grande parte das pessoas carregou uma bandeira do Brasil.
No Campo Grande, um grupo fez ato contra o presidente. A concentração começou às 9h e os manifestantes seguiram em caminhada pela Avenida Sete de Setembro, em direção à Praça Castro Alves, a partir das 10h30.
No local, os manifestantes pediram o aumento do valor do auxílio emergencial, vacina e alimento para todos e a saída de Bolsonaro. Alguns cartazes também chamaram o presidente de genocida, em alusão às mais de 583 mil mortes, em meio à pandemia de Covid-19. Vestidas de vermelho, grande parte das pessoas carregava faixas com palavras de ordem contra o governo.